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domingo, 2 de agosto de 2015

A UNAC E AS COTAS RACIAIS



UNAC
UNIÃO NACIONALISTA


A UNAC EM RELAÇÃO AS COTAS RACIAIS E OS “AFRO DESCENDENTES”.


O caráter grandioso e impar no mundo do nosso País é a sua miscigenação, que soube conjugar a diversidade de todas as culturas que aqui aportaram na formação de um povo. É um verdadeiro ultraje a todos os esforços de nossos antepassados no fomento desta condição, cuja ação dos atuais dirigentes do País, vem impelindo a sociedade às portas de animosidades raciais num País que optou pela vocação de harmonizar essas diferenças. Somando-se a isto, é positivado pelos governos recentes, que a universidade é um meio de ascensão social, contrariando a sua gênese, que é a de transmissão de conhecimento e a aplicabilidade deste no melhoramento e na provisão daquilo que deve ser cedido à sociedade e ao Estado. Transformar as universidades num meio de ascensão social é deturpar e ofender esta instituição. Assim, procura-se erroneamente fundamentar as políticas de cotas raciais, buscando a elevação social de uma raça, facilitando o ingresso desta nas universidades com a desculpa de corrigir uma suposta “dívida” histórica, e, com isso, encobrirem as verdadeiras práticas de privilégios. Práticas, que por sua vez, são estabelecidas por aqueles que de alguma forma usufruem dos cargos de governo ou que de algum modo estejam ligados a estes. Além do mais, a política dos excluídos é discurso de muitos políticos, associações e diversos grupos preocupados unicamente com os benefícios que podem obter do cargo publico pretendido, assumindo posturas verdadeiramente desagregadoras e exclusivistas usando a desculpa de tal “divida” histórica. Em verdade, procura-se um novo eleitorado em detrimento da verdadeira vocação nacional já estabelecida e com resultados extraordinários para a formação cultural do Brasil.

Falando em dívida histórica, a escravidão é lembrada logo de início. Infelizmente, ela é praticada até hoje, segundo fontes, nunca houve tantos escravos na história quanto no mundo atual. Ou seja, é uma problemática mundial. Fazendo parte da história de todos os continentes e particularmente de alguns paises. Assim, nos interessa particularmente o caso brasileiro e, com ele, as medidas históricas na tentativa de reparação ou de alguma forma de compensação.

Foi no Brasil - colônia que surgiu a escravidão negra, ou seja, no século XVI. Além dos motivos econômicos, também tivemos outros resultantes de leis, como a lei que protegia o índio de cativeiros injustos, que grassavam nos primórdios de nossa História, e ela foi de extrema importância para o início do tráfico africano. No entanto, também tivemos leis que facilitariam a sua inserção e conseguinte assimilação na sociedade. Assim, muitos enriqueceram e possuíam escravos. Documentos históricos também comprovam que muitos ingressaram até no clero, alcançando a hierarquia de bispo e outros chegaram à magistratura. Na magistratura – a chamada noblesse de robe. Em verdade, desde a independência tivemos a iniciativa de favorecimento ou de alguma forma de benefício até a promulgação de lei de 13 de maio de 1888. Salientando que, nesse processo de progressiva assimilação do negro em nossa sociedade tivemos a chamada Lei do Ventre Livre, que praticamente pôs fim ao cárcere escravocrata abalando profundamente toda a política e a economia dos interessados neste sistema.

Assim, vejamos mais algumas iniciativas de melhoramento da condição de vida e do favorecimento da inserção da raça negra na sociedade brasileira:

- A Lei de 28 de setembro de 1871 a lei que libertava todos os filhos de escrava que nasceram desde então. A Lei nº2. 040 (a Lei do Ventre Livre) no seu artigo 4º, deixando clara a autorização para que o escravo possa ter em pecúlio possível por doações, legados, heranças e aquilo que obtivesse do seu trabalho com a permissão do seu senhor. Mesmo com o voto contrário das províncias de São Paulo, Minas Gerais, Rio de janeiro, Espírito Santo e Rio Grande do Sul.

- A Lei também previu a preservação da família unida. Proibia a venda ou transmissão de escravos com a separação dos cônjuges, sob pena de nulidade; e os filhos menores de doze anos não podiam ser separados do pai ou da mãe.  De fato, o Direito Canônico já protegia a família livremente formada pelos escravos. Interessante consultar as Constituições Primeiras do Arcebispo da Bahia, publicadas em início do do século XVIII, e já nos deparamos com o manto protetor da Igreja ao sacramento do matrimônio e á família.

- Com o propósito de incentivar a poupança e conceder empréstimos sob penhor, com a garantia do governo imperial, foi criada por Dom Pedro II Caixa Econômica. Deste modo, a Caixa rapidamente passou a ser procurada pelas camadas sociais mais populares, incluindo os escravos, que podiam economizar suas cartas de alforria.

- Pesquisas históricas mostram dados sobre os libertos ligados à miscigenação, e conseqüentemente à aquisição de escravos. Citamos a cidade de Campos de Goytacazes do final do século XVIII. Quase a metade dos senhores de escravos eram “de cor” e/ou miscigenados, fato que se estendia a outros estados de monocultura de cana-de-açúcar. Hoje, os “de cor” e miscigenados são favorecidos pelas cotas! De outro modo, um descendente de imigração recente, alemão, italiano, japonês e outros, não têm as mesmas preferências. Sendo que estes sofreram no processo de adaptação e acabaram por contribuir igualmente à nossa formação cultural.

-- Os oficiais do Exército passaram a assumir posições radicalmente contrárias às da Monarquia em todas as questões, defendendo a abolição. Citamos o caso do tenente-coronel Sena Madureira, ao homenagear o jangadeiro cearense Francisco Nascimento, apelidado de “dragão do mar”, que havia se recusado a transportar escravos em sua embarcação.

- O império procurou amparar os idosos. A Lei dos Sexagenários, de 1885, libertou os escravos com mais de sessenta anos. Entretanto proibia a libertação, pelo fundo de emancipação, de escravo inválido considerado incapaz de qualquer serviço. Este deveria permanecer na companhia do seu senhor e por ele amparado.

Estes dados e iniciativas são completamente obscurecidas não sendo interessante ressaltá-las, pois, tratam-se de questões completamente contrárias aos posicionamentos vigentes nas academias, na literatura e na mídia. E estes posicionamentos, acabam gerando designações desagregadoras, haja vista, que a vocação brasileira em harmonizar culturas e raças, tornam-se completamente suspeitas e atreladas aos mais diversos interesses de uma suposta “elite”, conceituada e fundamentada em estruturas econômicas, ou seja, justificativas  profundamente reducionista por enxergar apenas esta estrutura. Vejamos o termo “afro descendente”, que hoje é tido como sinônimo de diferenciação e até “status” por quem a utiliza. Assim, é entendida por esta designação, uma falsa fraternidade. Sendo utilizada para a alusão a uma raiz única, alheia e não se identificando com a brasileira, referindo-se a uma irmandade ligada a tal “mãe” África. No entanto, seus utilizadores, por desconhecimento ou na maioria dos casos, má fé, não lembram ou se quer mencionam que estes ancestrais oriundos deste continente já praticavam a escravidão entre eles mesmos mediante as intermináveis guerras tribais, guerras, que, aliás, existiam muito antes dos europeus chegarem naquele continente. Mencionamos também os idiomas e dialetos, onde absolutamente ninguém se entendia, pois eram diversas as etnias. Chegando-se a prática, durante as reuniões de todos os tipos, da separação de algumas destas etnias motivadas pelo grau de violência que podiam praticar entre si em virtude das suas diferenças. A expressão também denota profundo desconhecimento de causa por seus praticantes, uma vez que, nem todos os africanos são negros. A África é um continente povoado por povos distintos deste a origem do homem. Em verdade, essa expressão é contrária à vocação nacional, exprimindo o desejo de diferenciação daquilo que o brasileiro soube convergir numa genuína CULTURA BRASILEIRA.  

Também temos o problema da genealogia. Os governos teriam que contratar genealogistas em massa para poder classificar as pessoas etnicamente num País miscigenado, criando e desenvolvendo uma política de engenharia social baseada nessas diferenças. Ou ainda, passaríamos a olhar com desconfiança uma raça que já mostrou sua capacidade de luta e superação e a dedicação ao Brasil em toda a sua história e nos dias atuais em virtude de favorecimentos motivados por cotas raciais. Em fim, e as outras etnias que ajudaram a formar o Brasil? Amarelos, brancos e índios, estão cometendo injustiça com estes motivados por uma política de cotas estabelecidas para aqueles!
Infelizmente, na prática, o Brasil tem hoje na cor uma característica que lhes pode trazer vantagens ou desvantagens.

Mediante isto, o que os governos podem fazer de melhor é patrocinar uma educação de base de qualidade, que possibilite ao final desse processo educacional o suporte necessário a uma igualdade de condições ao acessar o ensino superior. As atuais práticas de inclusão social patrocinadas por ONGs e outras instituições, na grande maioria dos casos, em verdade só ensinam a bater tambor, pintar, rebolar e etc. Nunca ministrando  disciplinas sérias ou fomentando um olhar crítico as verdadeira vias de inclusão social que devem existir no País. Assim, a política de favorecimento racial e completamente descabida no Brasil, é mais uma medida desastrada, dentre tantas outras, aprovada pelo Supremo Tribunal Federal. Além disso, é convergir a uma identificação étnica completamente desagregadora em relação à opção natural adota pelo Brasil, a uma identificação racial que não faz parte da cultura brasileira. Artificializar classificações raciais é uma direção muito perigosa. Todos nós conhecemos os absurdos da discriminação racial e seu auge com a escravidão, mas foram erros que a história acabou por mostrar como desvios do sistema. Além do mais, quais os povos que não tiveram desvios? Sabemos que a discriminação é praticada até hoje, no entanto, de forma velada, pois existe lei para punir seus contraventores. A diferença de desempenho acadêmico entre negros e brancos é dramática, mas não vem da discriminação, mas da má formação de base. Esta política em verdade é a confusão entre igualdade de raças e igualdade perante a lei, pois não existe igualdade racial, as raças não são absolutamente iguais e é de extrema importância a não confusão entre elas, no sentido de perda de suas particularidades que ajudaram na formação do Brasil. Sempre haverá diferenças entre negros e brancos, homens e mulheres, e isso não é um problema. O desejável é que sejamos iguais perante a lei, dando a cada um o seu, sem lesar ninguém!

Portanto, esperamos com essas palavras ficar claro que não concordamos com a política de cotas raciais nas Universidades públicas ou em qualquer lugar. Pois, no Brasil, não existe apenas a etnia negra, e o caminho das cotas raciais é um absurdo e um desrespeito a outras etnias que contribuíram e que até hoje contribuem com os seus deveres como cidadão em sociedade. E com outras, ainda, que são aceitas por este caráter harmonioso estabelecidos por nossos ancestrais à nossa formação cultural sempre no sentido de aproveitamento de nossas mais profundas riquezas e celebração de nossas particularidades. Também importa salientar, que, além dos portugueses, cuja descendência étnica é a formadora da grande maioria dos brasileiros, outros europeus, ao aqui chegarem e se fixarem, nos brindaram com as suas tradições, seus costumes, modos de pensar, e a sua perspectiva de pátria e de nação, e, por estas contribuições, também temos dívidas históricas!











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