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domingo, 2 de agosto de 2015

BRASIL COLÔNIA DE BANQUEIROS



GUSTAVO BARROSO


BRASIL, COLÔNIA DE BANQUEIROS

            1º ­- O documento mais importante sobre a nossa dívida externa foi escrito por Gustavo Barroso. Tem o título de “Brasil Colônia de Banqueiros”. É um livro de 260 páginas traduzindo profunda reação nacionalista à escravização econômica que se perpetua sobre a Nação brasileira.
            2º - O festival da dívida externa brasileira não foi iniciado pelos governos da Revolução de 1964. começou quando estendemos a sacola aos banqueiros ingleses na época da monarquia, sendo o nosso primeiro empréstimo feito com a casa bancária Rotschild.
3º - O chamado empréstimo da Independência, só se concluiu com o afastamento dos Andradas da direção dos negócios públicos. E por sinal, só foi resgatado 40 anos depois, com recursos também de outros  empréstimos.
4º - Em 1930 o Brasil ainda pagava, à Inglaterra, empréstimos feitos na época da monarquia. Nota-se, de 10.896 mil libras emprestadas, o Brasil pagou os banqueiros ingleses a importância de 605.320 libras.
            5º - A República Velha tomou empréstimos no valor de 131.195.295 libras, das quais, em dezembro de 1930, ainda restavam 100.570 mil libras a serem pagas.
6º - Em 1908 os banqueiros franceses entram no cenário de nossa dívida externa, com empréstimos feitos em franco-ouro. O Brasil recorreu ao Tribunal de Haia para converter este empréstimo em franco-papel. Perdeu a questão.
7º - A partir de 1921, começou o endividamento da Nação com o capital financeiro norte-americano, sendo então feito um empréstimo para saldar compromissos internos federal. Estes nada tinham a ver com investimentos em obras de grande vulto. Em 1926 a 1927 novos empréstimos foram feitos aos banqueiros norte-americanos, para consolidação da dívida externa, ou seja, amortização e pagamento da dívida já adquirida historicamente.
            8º - O Brasil nunca pagou seus empréstimos com recursos próprios. Sempre fez novos empréstimos para saldar os antigos.
9º - Os empréstimos norte-americanos da Primeira República custaram mais À nação brasileira que os empréstimos ingleses e franceses.
10º - Estados e Municípios brasileiros concorreram também ao festival da dívida externa. E foi de tal ordem o endividamento feito pelos Estados da Federação (exceção feita ao Piauí e Acre que na época, era território federal) que Washington Luiz sugeriu a supressão dos Estados e Municípios contraírem empréstimos externos.
11º - Houve uma fase em que levamos 20 anos sem pagar as amortizações de nossa dívida externa: de 1830 a 1850.
            12º - A mais seria posição do governo brasileiro com relação a dívida externa foi tomado pelo governo provisório de Getúlio Vargas foi ele que assumiu compromissos compatíveis com a nossa condição de pagamento: conseguiu negociar as taxas de juros, forçando a sua redução e mantendo os prazos de vencimentos.
13º - Ao terminar a II Guerra Mundial o Brasil fechou sua balança de contas com um saldo credor de 780 milhões de dólares, sem nenhuma dívida externa a liquidar.
            14º - Verificou-se no final da década de 40 p reingresso no país no sistema de endividamento externo em 1958 o Brasil negociava com banqueiros internacionais uma dívida de 800 milhões de dólares.
15º - em 1980 devíamos 60 bilhões de dólares, a maior parte destes bancos particulares norte americanos, tendo à frente o Citibank, com 83% do capital emprestado em cujos ganhos o Brasil contribuiu em 1982 com 287 milhões de dólares.
16º - Com a dívida externa atual – cerca de 300 bilhões de dólares – o Brasil precisa de mais de 30bilhões de dólares apenas para o pagamento dos juros de 850 banqueiros internacionais, que competem entre si por uma oportunidade maior nestes juros.
17º - Nos últimos 20 anos, a dívida externa do Brasil cresceu 22 vezes e meia.
18º - A dívida externa, que hoje recebe o aval e proteção do FMI (Fundo Monetário Internacional), tutor dos interesses do capital financeiro internacional e carrasco da nação brasileira, ameaçam engolir o país inteiro. Dela dependem agora os reajustes salariais dos trabalhadores, os reajustes de casa própria, os níveis de desemprego, a sorte das empresas nacionais, o valor da moeda brasileira, assim como o destino de 170 milhões de brasileiros. O que consolida a nossa convicção de que não podemos deixar que transformem o Brasil numa COLONIA DE BANQUEIROS E PARAÍSO DE PARASITAS.
E ultra evidente que o sofrido trabalho do povo brasileiro tem sido totalmente canalizado para saciar a ganância dos banqueiros e seus asseclas. Principalmente a partir do malfadado Plano Real, quando o lucro dos bancos dobrou no período que vai de 1994 até os dias atuais, conforme atestam vários estudos publicados nos órgãos informativos da área econômica.
O lucro dos grandes bancos privados que sobreviveram a queda da inflação no Brasil praticamente dobrou após o Plano Real. Em 1994, primeiro ano da chamada estabilização monetária, os dez maiores bancos privados lucraram, juntos, R$ 3 bilhões, em valores atualizados pelo IGP-DI. Em 2001, esse mesmo grupo lucrou R$ 8,4 bilhões, valor 180% maior.
E nos dias atuais, temos o Banco Itaú com lucro anual na casa de 17 bilhões de reais, Bradesco com 14 bilhões, só para citar alguns. Já os juros do cartão de crédito chegaram aos estratosféricos 400% ao ano! Agiotagem de carteira branca permitida pela quadrilha que governa o Brasil
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Então, é claríssima uma das  causas de empobrecimento do povo brasileiro. Esta é a pura verdade!


* Breve ensaio na tentativa de manter atualizada a Grande Denúncia feita pelo genial patriota Gustavo Barroso no seu livro Brasil Colônia de Banqueiros. Trabalho realizado pelo Núcleo de Estudos Estratégicos Sobrinhos do Capitão (Conselheiro, Carcará e Corisco), equipe subordinada ao CGB (Centro de Estudos Gustavo Barroso).   

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