GUSTAVO
BARROSO
BRASIL,
COLÔNIA DE BANQUEIROS
1º - O documento mais importante
sobre a nossa dívida externa foi escrito por Gustavo Barroso. Tem o título de
“Brasil Colônia de Banqueiros”. É um livro de 260 páginas traduzindo profunda
reação nacionalista à escravização econômica que se perpetua sobre a Nação
brasileira.
2º
- O festival da dívida externa brasileira não foi iniciado pelos governos da
Revolução de 1964. começou quando estendemos a sacola aos banqueiros ingleses
na época da monarquia, sendo o nosso primeiro empréstimo feito com a casa
bancária Rotschild.
3º - O chamado empréstimo da Independência, só se
concluiu com o afastamento dos Andradas da direção dos negócios públicos. E por
sinal, só foi resgatado 40 anos depois, com recursos também de outros empréstimos.
4º - Em 1930 o Brasil ainda pagava, à Inglaterra,
empréstimos feitos na época da monarquia. Nota-se, de 10.896 mil libras
emprestadas, o Brasil pagou os banqueiros ingleses a importância de 605.320 libras.
5º - A República Velha tomou
empréstimos no valor de 131.195.295 libras, das quais, em dezembro de
1930, ainda restavam 100.570 mil libras a serem pagas.
6º - Em 1908 os banqueiros franceses entram no cenário
de nossa dívida externa, com empréstimos feitos em franco-ouro. O Brasil
recorreu ao Tribunal de Haia para converter este empréstimo em franco-papel. Perdeu
a questão.
7º - A partir de 1921, começou o endividamento da
Nação com o capital financeiro norte-americano, sendo então feito um empréstimo
para saldar compromissos internos federal. Estes nada tinham a ver com
investimentos em obras de grande vulto. Em 1926 a 1927 novos
empréstimos foram feitos aos banqueiros norte-americanos, para consolidação da
dívida externa, ou seja, amortização e pagamento da dívida já adquirida
historicamente.
8º - O Brasil nunca pagou seus
empréstimos com recursos próprios. Sempre fez novos empréstimos para saldar os
antigos.
9º - Os empréstimos norte-americanos da Primeira
República custaram mais À nação brasileira que os empréstimos ingleses e
franceses.
10º - Estados e Municípios brasileiros concorreram
também ao festival da dívida externa. E foi de tal ordem o endividamento feito
pelos Estados da Federação (exceção feita ao Piauí e Acre que na época, era
território federal) que Washington Luiz sugeriu a supressão dos Estados e
Municípios contraírem empréstimos externos.
11º - Houve uma fase em que levamos 20 anos sem pagar
as amortizações de nossa dívida externa: de 1830 a 1850.
12º - A mais seria posição do
governo brasileiro com relação a dívida externa foi tomado pelo governo
provisório de Getúlio Vargas foi ele que assumiu compromissos compatíveis com a
nossa condição de pagamento: conseguiu negociar as taxas de juros, forçando a
sua redução e mantendo os prazos de vencimentos.
13º - Ao terminar a II Guerra Mundial o Brasil fechou
sua balança de contas com um saldo credor de 780 milhões de dólares, sem
nenhuma dívida externa a liquidar.
14º - Verificou-se no final da
década de 40 p reingresso no país no sistema de endividamento externo em 1958 o
Brasil negociava com banqueiros internacionais uma dívida de 800 milhões de
dólares.
15º - em 1980 devíamos 60 bilhões de dólares, a maior
parte destes bancos particulares norte americanos, tendo à frente o Citibank,
com 83% do capital emprestado em cujos ganhos o Brasil contribuiu em 1982 com
287 milhões de dólares.
16º - Com a dívida externa atual – cerca de 300
bilhões de dólares – o Brasil precisa de mais de 30bilhões de dólares apenas
para o pagamento dos juros de 850 banqueiros internacionais, que competem entre
si por uma oportunidade maior nestes juros.
17º - Nos últimos 20 anos, a dívida externa do Brasil
cresceu 22 vezes e meia.
18º - A dívida externa, que hoje recebe o aval e
proteção do FMI (Fundo Monetário Internacional), tutor dos interesses do
capital financeiro internacional e carrasco da nação brasileira, ameaçam
engolir o país inteiro. Dela dependem agora os reajustes salariais dos
trabalhadores, os reajustes de casa própria, os níveis de desemprego, a sorte
das empresas nacionais, o valor da moeda brasileira, assim como o destino de
170 milhões de brasileiros. O que consolida a nossa convicção de que não
podemos deixar que transformem o Brasil numa COLONIA DE BANQUEIROS E PARAÍSO DE
PARASITAS.
E ultra evidente que o sofrido trabalho do povo
brasileiro tem sido totalmente canalizado para saciar a ganância dos banqueiros
e seus asseclas. Principalmente a partir do malfadado Plano Real, quando o
lucro dos bancos dobrou no período que vai de 1994 até os dias atuais, conforme
atestam vários estudos publicados nos órgãos informativos da área econômica.
O lucro dos grandes bancos privados que sobreviveram a
queda da inflação no Brasil praticamente dobrou após o Plano Real. Em 1994,
primeiro ano da chamada estabilização monetária, os dez maiores bancos privados
lucraram, juntos, R$ 3 bilhões, em valores atualizados pelo IGP-DI. Em 2001,
esse mesmo grupo lucrou R$ 8,4 bilhões, valor 180% maior.
E nos dias atuais, temos o Banco Itaú com lucro anual
na casa de 17 bilhões de reais, Bradesco com 14 bilhões, só para citar alguns.
Já os juros do cartão de crédito chegaram aos estratosféricos 400% ao ano! Agiotagem
de carteira branca permitida pela quadrilha que governa o Brasil
.
Então, é claríssima uma das causas de empobrecimento do povo brasileiro.
Esta é a pura verdade!
* Breve
ensaio na tentativa de manter atualizada a Grande Denúncia feita pelo genial
patriota Gustavo Barroso no seu livro Brasil Colônia de Banqueiros. Trabalho
realizado pelo Núcleo de Estudos Estratégicos Sobrinhos do Capitão
(Conselheiro, Carcará e Corisco), equipe subordinada ao CGB (Centro de Estudos
Gustavo Barroso).
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