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segunda-feira, 4 de julho de 2016

Estupro, negligência familiar, ausência de Estado ou tudo isso junto ?





Estamos enfrentando situações cada vez mais intrigantes em 
nossa sociedade e começamos a nos questionar da origem ? 
Não! A grande maioria quer apenas encontrar 
um culpado para dormir tranquilo !


O caso que está nas mídias sociais sendo tratado de forma leviana, traz alguns graves problemas da sociedade atual que são pouco discutidos.
No entanto, de início, temos que rebater a idéia de que, no Brasil, existe uma “cultura do estupro”. Nossa sociedade não se cala diante do assédio sexual há muito tempo. Quer seja por meio das manifestações e ações legais, quer seja por meio das redes sociais hoje em dia, ações fortes muitas vezes são levadas à cabo (não incluímos aqui aquelas ridículas manifestações pessoais de artistas pintando metade do rosto de alguma cor ou mudança de foto no perfil da rede social com bandeirolas – isso não gera efetivo resultado). O Brasil não é como o Japão, onde se foi obrigado a criar vagões de metrô especialmente para mulheres ou como a índia, onde a vítima tem culpa de ter se deixado estuprar (sequer sendo defendida pela própria família).
Aqui se fala em machismo das autoridades em duvidar da vítima.
Por que motivo isso ocorre ? Porque a Autoridade Policial deve buscar saber se houve crime !
Porque há muito vem se criando uma prática de falsa denúncia de estupro, diante da iniciação cada vez mais cedo na vida sexual de meninas que, na expectativa de esconder da família os atos, faz a falsa denúncia. Famílias tomam esse caminho até para “lavar a honra”, acusando o namorado da menina de estupro, quando, na verdade, foi consensual (deixando ainda de lado aqui a idade da menina, pois já há casos de mulheres com mais de 21 anos acusando namorado de estupro). Algumas acusações levam até à morte do rapaz, pois há uma espécie de código entre a marginália, que não aceita estupradores em seu meio. Triste ironia.
Inicialmente afirmamos que toda esta degeneração social parte da destruição da família como célula matter da sociedadepor meio da ideologia de “transformação” social claramente associada às concepções de Antonio Gramsci, teórico marxista, e fomentada por diversas vertentes de pensamentos como a da efeminização do homem moderno rumo à degradação das estruturas sociais, objetivando o socialismo sem a violência. Ou seja, na mudança de paradigmas culturais. Isto é concentrado no ideal feminista de hoje, uma das frentes desta empreitada na construção de uma sociedade bizarra, apta para sofrer estas “transformações”, sendo cuidadosamente preparada para a chegada da ditadura do proletariado. É um método clássico de engenharia social e subversão cultural. Assim, temos uma sociedade onde o ideal socialista/genicocrático é uma meta e o conceito de virilização do homem ficou reduzido aos baixos instintos e ao hedonismo mais perverso. O ideal viril pelo gosto da mudança e das conquistas ficou para trás, o sentimento de glória épica tão difundida pelas figuras dos heróis lendários e aventureiros virtuosos, sempre foi inspiração para a mudança e conquista de paradigmas superiores ao consumismo e ao imediatismo, que já eram uma ameaça muito séria e que visavam à redução do homem à massa bruta, passiva e incapaz de refletir sobre o seu papel na sociedade. Ao final, isto sim é o que temos de mais grave. E aqui caímos noutro ponto importante de nossa análise: a iniciação sexual precoce. É inegável que a televisão, uma das grandes patrocinadoras deste projeto, com suas novelas, músicas e a liberdade sexual dos anos 1970 para frente, trouxeram o “sexo sem culpa” a um número cada vez maior e mais jovem de mulheres. É uma “evolução” dos tempos modernos.
Ao mesmo tempo em que as mulheres ganharam liberdade para expor seus corpos, esqueceram-se de adestrar melhor os animais para os quais estes seriam exibidos. A mulher, preocupada em ocupar um lugar na sociedade, distante das tarefas do lar (dentre as quais, a mais importante era a de dar formação moral aos filhos), não cumpriu esse papel fundamental e permitiu que os homens que cresceram à partir dos anos 1980, cada vez mais, fossem menos respeitadores (em sua larga maioria).
Outro ponto a se levar em conta está aí: o homem é um animal que sente atração sexual pela mulher, em qualquer lugar, em qualquer meio, independente de classe social ou padrão de beleza. Como isso é contido ? Com regras claras de conduta.
Essas tais regras passaram a existir no advento da civilização e das sociedades, talvez perdido no tempo, quando o homem deixou de caçar sua fêmea, lá na idade da pedra, e passou a tomá-la por esposa e, com o tempo, passou a ser monogâmico, protetor de sua mulher e prole.
Com a liberdade sexual, a mulher passou a escolher o objeto de sua cópula e a negar o casamento arranjado (nas sociedades ocidentais). Livre de rótulos, ela ganhou a noite e o álcool, as drogas, as festas libertinas e passou a negar os conselhos dos pais acerca dos perigos que o mundo oferece. Da mesma forma que há pessoas boas, há aquelas más.
Alguns pais passaram a se sentir “quadrados” por não permitirem que suas filhas saíssem e deixaram de dar atenção aos conselhos e instruções que deveriam ser passados à elas. 
Mas espere aí ! Só as filhas deveriam ter tais recomendações ?
Não ! Os homens eram educados para serem bons, respeitarem as leis, proverem seus lares e protegerem suas mulheres e prole. Com o aumento da disponibilidade de fêmeas em um mercado antes reprimido, houve maior consumo e assim, diante dessa banalização, alguns pais passaram a “incentivar” seus filhos (homens) a agir como verdadeiros predadores. 
Pronto ! Estava instituída sociedade atual !
É importante lembrar que o feminismo não luta exatamente por uma igualdade de direitos como pessoa humana. Ele vem, justamente, cercar-se desse momento (muito em voga nos anos 1960), para garantir à mulher o direito “de dar para quem quiser, sem ser rotulada”. Demorou quase 50 anos, mas hoje elas conseguiram.
As lutas feministas não partiam do pressuposto que uma mulher pudesse trabalhar como pedreiro ou estivador. Cargos e funções mais elevadas estavam na mira. Óbvio que em muitas atividades as mulheres, com sua inata sensibilidade, são superiores aos homens. Noutras, não é preciso grande esforço para saber que é irreal.
Antes, às mulheres, eram reservadas funções ligadas à Educação, Saúde e Organização, pois eram atividades todas relacionadas à afetividade e à sensibilidade. Caberiam também às mulheres, com o avanço dos tempos, a gestão de negócios, não fossem hoje as relações comerciais agirem de forma predatória. Se o trabalho fosse realmente voltado para o benefício do ser humano, teríamos já muitas mulheres em cargos de gestão há mais de 30 anos, quando se iniciaram as grandes mudanças de comportamento.Vislumbramos então um futuro, que se desdobrou na comoção social diante do caso da menina de 16 anos, no Rio de Janeiro, violada por trinta e tantos  homens (a perícia policial confirma menos de meia dúzia) e que teve a situação filmada e divulgada nas redes sociais.
A menina era mãe. Tem uma criança de 3 anos (deu à luz com 13 anos) e desde os 11 anos convivia no mundo do tráfico e dos bailes funk (segundo declarações da própria mãe dela).
A OMS tem programas voltados ao apoio às crianças-mães, pois elas são parte de uma estatística terrível: cerca de 30% são mães novamente no período aproximado de 1 ano e mais de 50% nunca voltam a estudar.
Esses são os únicos dados efetivos. Não entramos no mérito de dados do gênero “n” vidas poupadas em função de uma determinada ação ou não-ação. É inconcebível que se meça o que deixou de ocorrer. Porque se fosse assim, poderíamos ter projeções claras a respeito dos motivos pelos quais crimes como esse ocorreram, ou ocorrem todos os dias e não viram notícia, porque não viralizaram na Internet, na forma de um vídeo.Está inserida nesse contexto a miséria moral das sociedades atuais, com seus relativismos e total desvalorização do ser humano.
Fatos sucedem-se e um diretor de zoológico atira contra um gorila que estava para atacar uma criança de 4 anos que caíra em sua “jaula”, por motivos alheios, mas que certamente seria morta pelo animal. Uma parcela dos comentários que circularam pelas redes sociais chamava aquilo de monstruosidade, que não se tinha como avaliar que o animal mataria a criança, que não deveria existir zoológico, que tivessem atirado na criança, pois afinal ela não deveria estar ali.
Diante deste último comentário temos a clara noção de como se encontra a avaliação moral das pessoas: a vida de um animal vale mais que a vida de um humano.
Assim, a UNAC torna público que repudia o crime em qualquer escala, seja ele cometido por quem for e em que circunstâncias. No entanto, ocupamo-nos em estudar ainda as relações entre as pessoas dentro da sociedade, onde encontramos um grave problema: a ausência dos valores que foram pilares de sustentação de nossos ancestrais.
Enxergamos nesse direcionamento a causa primordial dos problemas que hoje infestam os noticiários policiais.
Estamos permitindo a ruína de nossa sociedade e todo aquele que se manifesta contra o progressismo moral (o rumo à amoralidade ou à relativização da moral), é tido como inimigo das minorias.
No entanto, devemos lembrar que o direito das minorias jamais poderá se sobrepujar ao direito da maioria. Devemos respeitar as diferenças e as minorias em seus grupos (desde que suas práticas não impliquem na quebra de regras estabelecidas pela maioria e que não se imponha flexibilizações que venham a ferir o direito da maioria).Realmente não deveríamos ser obrigados a aceitar mudanças que pioram a situação das famílias, da pátria ou de suas relações espirituais.

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