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segunda-feira, 3 de agosto de 2015

Síntese Histórica

UNAC

UNIÃO NACIONALISTA


I - SÍNTESE HISTÓRICA
    
            Em 4 e 5 de Dezembro de 2004 teve lugar em São Paulo, o Congresso Integralista para o Século XXI, onde despontaram personalidades as mais diversas do meio Nacionalista, sob a bandeira do Sigma. O Integralismo é uma Doutrina de cunho espiritualista-nacionalista, surgida no início dos anos 1930, com Plínio Salgado, Miguel Reale, Gustavo Barroso, dentre muitas outras personalidades da cultura Brasileira da época.

            Evocando o lema Deus, Pátria e Família, o Integralismo fez contraponto ao comunismo que avançava no Brasil, tendo as ruas em não raras ocasiões, tornando-se campo de batalha armada nas emboscadas preparadas pelos agentes da então tida como toda poderosa Moscou. Muitos tombaram e se tornaram mártires.

            Os que continuavam a caminhada fizeram o movimento crescer até arregimentar perto de 1,2 milhão de pessoas, segundo dados da época, culminando com a fundação da Ação Integralista Brasileira (AIB) que deixava de ser uma simples associação cultural para ser um partido político, pelo qual Plínio Salgado (o Chefe), foi instado a concorrer à Presidência do Brasil em 1938 contra Getúlio Vargas.

            Naquele ano, Getúlio daria um Golpe de Estado, cancelando a eleição. Plínio Salgado foi convidado pelo presidente golpista a ser Ministro da Educação, cargo que rejeitou e, mais tarde, o jurista Miguel Reale, membro do alto escalão da AIB, julgaria: “Plínio perdera ali os 3 segundos de ouro”.

            Mesmo numa situação complicada de apoiar o ditador, se Plínio tivesse aceitado, muitas das idéias do Integralismo poderiam ter sido aplicadas na política pública de Educação do povo Brasileiro e, de certa forma, a AIB atingiria parte de seus objetivos.

            Não cabe a nós divagar pelo que não aconteceu.

            Getúlio Vargas decretou o fechamento dos partidos, incluindo a AIB e tornou a associação também ilegal, iniciando a perseguição aos Integralistas, forçando Plínio Salgado a exilar-se em Portugal.

            Acabava ali o primeiro movimento de massa nacionalista tipicamente Brasileiro.

            Avançando novamente no tempo, após o Congresso de 2004, os que se aglutinaram ali, reunidos sempre na Casa de Plínio Salgado, instituição mantida por ex-Águias Brancas (movimento de remanescentes do integralismo e partidários de Plínio Salgado, após seu retorno do exílio), onde se tentou costurar a formação da nova AIB.

            As divergências iniciaram-se ali mesmo, partindo dois grupos em direções opostas e passando a combater-se entre si. Um preconizava uma mudança radical, misturando o Integralismo a ritos heterodoxos, denominado Linearismo. Do outro aqueles que pretendiam um integralismo como em sua essência, apenas adaptado à realidade do Século XXI – proposta do Congresso.

            Em 22 de janeiro de 2005 estava iniciada a fundação da Frente Integralista Brasileira (FIB), primeiro grupo de denominação integralista legalmente constituído após a honrada Ação Integralista Brasileira (AIB) ser extinta em 1938.

Contudo, devido a sérios problemas internos de ordem pessoal, que acabariam contribuindo com ingerências administrativas, debilidades operacionais, e até questionamentos de ordem doutrinária que afetariam o futuro da instituição, houve uma cisão entre seus dirigentes a 5 de julho de 2008. Cisão permanente, pois estabeleceu-se  a resignação e a intransigência entre seus coadjuvantes, onde estes, nunca mais voltariam a estabelecer trabalhos conjuntos sob a Bandeira do Sigma.

Imediatamente após a saída desses membros da direção da FIB, alguns membros e outros simpatizantes começaram a reunir-se na tentativa de montar um trabalho paralelo que desse a operacionalidade que a juventude empolgada gostaria que o Integralismo tivesse. Ao longo de pouco mais de um mês e meio, as articulações e o apoio recebido fez com que surgissem as Brigadas Integralistas, em 25 de agosto de 2008, dia do soldado, numa reunião no bairro da Penha, cidade de São Paulo, com o lançamento de uma página na Internet, uma bandeira evocando o espírito de movimento e combate a tudo o que de mais vil assolava a Pátria.

            Com fundamentação doutrinária Integralista, porém, com a proposta de um modelo operacional e administrativo completamente diferente, tiveram início seus trabalhos. Sua primeira aparição em público deu-se a 7 de setembro daquele ano, com uma modesta marcha no complexo do Anhembi, local das comemorações alusivas a Independência do Brasil na cidade de São Paulo, que foi registrado em vídeo publicado na Internet.

As Brigadas Integralistas estiveram ativas durante exatamente um ano. Durante esse período, houve um crescimento exponencial considerável comparado a outros grupos de ideologias semelhantes, com o aumento de participantes e de atividades. No entanto, alguns integralistas, ou que se intitulavam como tal, resolveram sair do anonimato. Realizando uma verdadeira patrulha ideológica contra todas as atividades realizadas pelas Brigadas Integralistas, chamando a doutrina do Sigma para si, num verdadeiro exemplo de falta de solidariedade ideológica e exaltação de vaidade pessoal. Fato curioso, pois nem mesmo os inimigos naturais do Integralismo ou da causa Nacionalista tiveram tanto ímpeto e preocupação em atacar as Brigadas Integralistas.
 
Assim, percebendo o desgaste da nomenclatura “Integralista”, as restrições operacionais dela advindas, a não mais aceitação da doutrina em sua plenitude por seus membros e a consequente discordância em alguns aspectos, assim como, levando em consideração o contexto social político e moral da atualidade, a 5 de fevereiro de 2009 decidiu-se pela extinção futura das Brigadas Integralistas, realizando um último ato, com a presença mais uma vez no local em que foi palco de sua primeira aparição pública, no desfile de 7 de setembro.

E, com essa decisão, veio à permanência do Integralismo como direcionador doutrinário dentro da nova instituição a ser criada, a União Nacionalista (UNAC).
Sua primeira aparição veio com a manifestação contra o asilo político ao assassino italiano Cesare Battisti, em 8 de março de 2009. Estava lançada a ideia e a forma de atuação da nova entidade.

Surge o Boletim Nacionalista, veículo de divulgação doutrinária e operacional da UNAC, editado em 1.500 exemplares por edição.  É a primeira publicação do meio a tratar o assunto de forma ampla e com embasamento para a formação de novos vetores, primeiramente preocupado com a apresentação de textos de fácil leitura e com temas atuais, ou seja, erradamente preocupado com um leitor irresponsável e despreocupado em relação a valores morais superiores. Concepção modificada na atual fase da UNAC.

        Ao longo da sua existência, a UNAC recebeu várias propostas de trabalho. Dentre elas, cabe destaque a fusão com o grupo intitulado Ultra Defesa em 2010, cujas atividades se processaram até o início de 2012. Mais uma vez, devido a problemas operacionais e até ideológicos, houve o rompimento e a decisão em dar continuidade aos trabalhos de forma autônoma e independente. Assim, a história da União Nacionalista pode ser dividida em quatro fases, conforme prevalência das características de sua atuação e orientação doutrinária:


- Brigadas Integralistas de 2008 a 2009;
- União Nacionalista de 2009 a 2010;
- Ultra Defesa de 2010 a início de 2012;
- Retorno a União Nacionalista 2012, (atual).
     
        Em todas estas fases, o exercício de algumas atividades foi constante; panfletagens, passeatas, palestras, acampamentos doutrinários, viagens, contato e alianças com vários grupos congêneres e outros.

        Na primeira fase houve ênfase no trabalho de campo e no emprego dos Camaradas em atividades abertas, além da manutenção e orientação doutrinária integralista. Alguns camaradas realizaram diversas viagens a outros Estados, tais como: Rio de Janeiro, Paraná e Santa Catarina. Tudo com o intuito de arregimentar novos membros e estabelecer novas alianças com outros grupos.  Nesta fase, houve a realização de reuniões baseadas na disciplina e hierarquia. Prática que serviu de modelo para as atuais reuniões da União Nacionalista; ritualísticas, formais, pragmáticas, objetivas, motivacionais, espiritualistas e com a realização de atividades que fortalecessem o espírito de corpo e a Camaradagem. A criação de um Regimento Interno como direcionador normativo. A confecção de uma nova bandeira e de um novo uniforme que indicasse as novas diretrizes operacionais assumidas, como o dinamismo nas atividades e a disciplina.  O estabelecimento de Manual Básico Integralista para novos membros, com a exposição dos pilares da Doutrina e suas fundamentações em diversos níveis.  A criação de um meio mais eficiente e célere de comunicação com a atualização do portal na rede mundial de computadores e desenvolvimento de uma caixa postal eletrônica com milhares de contatos. Também, nesta fase, foi estabelecido pela primeira vez contato com grupos estrangeiros.

       A segunda fase da história da UNAC iniciou-se com a fundação da mesma. Inicialmente usando o Integralismo como Orientador doutrinário, sendo este posteriormente retirado e estabelecido o Tradicionalismo e o mais puro Nacionalismo traduzido na defesa do Estado e não de governos que se revezam no esfacelamento deste. Defendendo sempre governos justos. Distante de governos de orientações e princípios burgueses de nossos tempos.

        Outra característica importante deste período foi a diminuição do efetivo pertencente às fileiras da UNAC. Infelizmente, devido a mudanças doutrinárias e a necessidade de aprofundamento em outras variantes e concepções concernentes a idéia de Estado, pois estas exigências colocaram à prova a obstinação e a lealdade de muitos e fizeram emergir posturas vergonhosas e completamente inadequadas a um trabalho verdadeiramente Nacionalista, tais como avareza, preguiça, vaidade, medo, incapacidade e outros.   Felizmente, estes tombaram ante a embriaguez de suas próprias paixões desordenadas, não afetando em nada o destino da UNAC. O rigor da luta permaneceu inabalável!

          Na terceira fase, houve a fusão com o grupo Ultra Defesa. Fusão que num primeiro momento trouxe resultados positivos: celeridade nas decisões, maior trabalho de campo, atividades práticas mais constantes, recrutamento e reuniões mais frequentes. Neste período, foram realizadas ações verdadeiramente heroicas: manifestação contra o famigerado “Kit” “Gay” (um manual a ser distribuído nas escolas públicas que ensinavam e motivavam práticas homossexuais a crianças e adolescentes) e a manifestação contra a marcha da maconha, onde cerca de 40 (quarenta) membros enfrentaram, honradamente, frente a frente, cerca de 700 viciados e simpatizantes de drogas em plena Avenida Paulista, no coração da cidade de São Paulo. Esta campanha teve repercussão nacional e uma maior cobertura pela mídia.

         A quarta fase iniciou-se com o rompimento e consequente dissolução com o grupo Ultra Defesa e o retorno definitivo aos trabalhos anteriormente idealizados. Rompimento motivado por divergências doutrinárias e operacionais os mais diversos. Esta dissolução proporcionou aos membros da UNAC uma maior consciência em relação à empreitada assumida, permitiu um amadurecimento e um incremento mais doutrinário às atividades. Com o lançamento de um novo Boletim Nacionalista e um novo símbolo, anunciando novos tempos.

         Podemos concluir dizendo que para a UNAC nunca houve tempos difíceis. As dificuldades serviram para fortalecer nossas fileiras e cerrar nossos ombros na busca pelo objetivo comum. O compromisso com a luta assumida de forma austera, firme, obstinada e sem pestanejar. Fazendo o que tem de ser feito, independente do resultado. Devendo servir à UNIÃO NACIONALISTA com orgulho e com honra!

II – A ATUAL UNAC

          Em que pesem as diferenças e as características individuais de seus membros, os Camaradas da UNAC serão sempre solidários nas causas afins. Deste modo, a homogeneidade de entendimento da doutrina proporciona o espírito de corpo, a Camaradagem e o sentimento de fraternidade a todos os seus membros. Pois a todo instante devemos consolidar essa posição, a de Camaradas! Porque o atual Estado e suas instituições, não representam valores morais superiores. Sendo apenas estruturas consolidadas a partir de uma concepção burguesa da vida. Assim, não compartilhamos a nossa noção de Estado, de Nação e de Família, com ideais puramente consumistas e materialistas dos tempos modernos.

          Portanto, mediante o exposto, a UNAC se define na sua Declaração Política como:
        
         UNAC é uma organização autônoma, sendo uma verdadeira alternativa ao trabalho nacionalista, não fomentando qualquer ideologia dita de “esquerda” ou de “direita”. Defendemos uma terceira via um Estado espiritualista e transcendente, alinhado com instituições que promovam a felicidade do Homem desenvolvendo seu senso crítico e consequente responsabilidade frente aos desafios da sociedade, opostos às entidades preocupadas em formar homens unicamente “produtores” e “competitivos” para o mercado de trabalho, fomentando no cidadão o consumo como único meio de se alcançar a felicidade. Um Estado que valorize o Homem pelo que ele é e não pelo que ele possui. Entendemos que capitalismo, neoliberalismo, socialismo, comunismo e outras variantes, representam a redução do Homem a mero instrumento econômico, sem alma e sem personalidade. Estes falsos antagonismos partidários são apenas nomenclaturas diferentes usadas por politiqueiros e militantes desavisados ou profundamente alienados. Anunciando claramente a completa inutilidade dos partidos políticos, “direita” e “esquerda” na atual conjuntura política representam apenas uma direção; a ausência de qualquer ideologia que não seja os privilégios oriundos de acordos políticos e de conchavos. Representando apenas o coroamento do homem materialista e profundamente individualista, ou de outra forma, do “homo economicus”, onde este nasce para a economia e não o contrário, como deveria ser. Buscamos uma ação completamente avessa aos sofismas que alimentam estas ideologias partidárias. Usaremos como base as tradições altruísticas e aristocráticas dos diversos povos formadores de nossa gente. Realizando atividades que estimulem uma moralidade superior e nobre em relação aos destinos da Pátria. Exaltando nossos heróis nacionais no decorrer dos séculos, em suas batalhas, façanhas e aventuras extraordinárias. Fomentando todas as iniciativas de valorização de nossos heróis, pois entendemos que todos eles, em dado momento histórico, contribuíram para a edificação da Nação. A UNAC é contra qualquer iniciativa depreciadora e de marginalização destes heróis, com o único objetivo de minar qualquer referência à valorização do Nacionalismo frente à população. Assim, buscamos o renascimento de um Homem novo, o verdadeiro brasileiro, longe das anedotas, caricaturas, personagens e estereótipos vulgares, acabrunhados, medíocres e espertalhões que os meios de comunicação e a atual literatura alcunha ao brasileiro.”

          


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