UNAC
UNIÃO
NACIONALISTA
I - SÍNTESE HISTÓRICA
Em 4 e 5 de Dezembro de 2004 teve
lugar em São Paulo, o Congresso Integralista para o Século XXI, onde
despontaram personalidades as mais diversas do meio Nacionalista, sob a
bandeira do Sigma. O Integralismo é uma Doutrina de cunho
espiritualista-nacionalista, surgida no início dos anos 1930, com Plínio
Salgado, Miguel Reale, Gustavo Barroso, dentre muitas outras personalidades da
cultura Brasileira da época.
Evocando o lema Deus, Pátria e
Família, o Integralismo fez contraponto ao comunismo que avançava no Brasil,
tendo as ruas em não raras ocasiões, tornando-se campo de batalha armada nas
emboscadas preparadas pelos agentes da então tida como toda poderosa Moscou.
Muitos tombaram e se tornaram mártires.
Os que continuavam a caminhada
fizeram o movimento crescer até arregimentar perto de 1,2 milhão de pessoas,
segundo dados da época, culminando com a fundação da Ação Integralista
Brasileira (AIB) que deixava de ser uma simples associação cultural para ser um
partido político, pelo qual Plínio Salgado (o Chefe), foi instado a concorrer à
Presidência do Brasil em 1938 contra Getúlio Vargas.
Naquele ano, Getúlio daria um Golpe
de Estado, cancelando a eleição. Plínio Salgado foi convidado pelo presidente
golpista a ser Ministro da Educação, cargo que rejeitou e, mais tarde, o
jurista Miguel Reale, membro do alto escalão da AIB, julgaria: “Plínio perdera
ali os 3 segundos de ouro”.
Mesmo numa situação complicada de
apoiar o ditador, se Plínio tivesse aceitado, muitas das idéias do Integralismo
poderiam ter sido aplicadas na política pública de Educação do povo Brasileiro
e, de certa forma, a AIB atingiria parte de seus objetivos.
Não cabe a nós divagar pelo que não
aconteceu.
Getúlio Vargas decretou o fechamento
dos partidos, incluindo a AIB e tornou a associação também ilegal, iniciando a
perseguição aos Integralistas, forçando Plínio Salgado a exilar-se em Portugal.
Acabava ali o primeiro movimento de massa
nacionalista tipicamente Brasileiro.
Avançando novamente no tempo, após o
Congresso de 2004, os que se aglutinaram ali, reunidos sempre na Casa de Plínio
Salgado, instituição mantida por ex-Águias Brancas (movimento de remanescentes
do integralismo e partidários de Plínio Salgado, após seu retorno do exílio),
onde se tentou costurar a formação da nova AIB.
As divergências iniciaram-se ali
mesmo, partindo dois grupos em direções opostas e passando a combater-se entre
si. Um preconizava uma mudança radical, misturando o Integralismo a ritos
heterodoxos, denominado Linearismo. Do outro aqueles que pretendiam um
integralismo como em sua essência, apenas adaptado à realidade do Século XXI –
proposta do Congresso.
Em 22 de janeiro de 2005 estava
iniciada a fundação da Frente Integralista Brasileira (FIB), primeiro grupo de
denominação integralista legalmente constituído após a honrada Ação
Integralista Brasileira (AIB) ser extinta em 1938.
Contudo, devido a sérios problemas internos de ordem pessoal, que
acabariam contribuindo com ingerências administrativas, debilidades
operacionais, e até questionamentos de ordem doutrinária que afetariam o futuro
da instituição, houve uma cisão entre seus dirigentes a 5 de julho de 2008.
Cisão permanente, pois estabeleceu-se a
resignação e a intransigência entre seus coadjuvantes, onde estes, nunca mais
voltariam a estabelecer trabalhos conjuntos sob a Bandeira do Sigma.
Imediatamente após a saída desses membros da direção da FIB, alguns
membros e outros simpatizantes começaram a reunir-se na tentativa de montar um
trabalho paralelo que desse a operacionalidade que a juventude empolgada
gostaria que o Integralismo tivesse. Ao longo de pouco mais de um mês e meio,
as articulações e o apoio recebido fez com que surgissem as Brigadas
Integralistas, em 25 de agosto de 2008, dia do soldado, numa reunião no bairro
da Penha, cidade de São Paulo, com o lançamento de uma página na Internet, uma
bandeira evocando o espírito de movimento e combate a tudo o que de mais vil
assolava a Pátria.
Com fundamentação doutrinária
Integralista, porém, com a proposta de um modelo operacional e administrativo
completamente diferente, tiveram início seus trabalhos. Sua primeira aparição
em público deu-se a 7 de setembro daquele ano, com uma modesta marcha no
complexo do Anhembi, local das comemorações alusivas a Independência do Brasil
na cidade de São Paulo, que foi registrado em vídeo publicado na Internet.
As Brigadas Integralistas estiveram ativas durante exatamente um ano.
Durante esse período, houve um crescimento exponencial considerável comparado a
outros grupos de ideologias semelhantes, com o aumento de participantes e de
atividades. No entanto, alguns integralistas, ou que se intitulavam como tal,
resolveram sair do anonimato. Realizando uma verdadeira patrulha ideológica contra
todas as atividades realizadas pelas Brigadas Integralistas, chamando a
doutrina do Sigma para si, num verdadeiro exemplo de falta de solidariedade
ideológica e exaltação de vaidade pessoal. Fato curioso, pois nem mesmo os
inimigos naturais do Integralismo ou da causa Nacionalista tiveram tanto ímpeto
e preocupação em atacar as Brigadas Integralistas.
Assim, percebendo o desgaste da nomenclatura “Integralista”, as
restrições operacionais dela advindas, a não mais aceitação da doutrina em sua
plenitude por seus membros e a consequente discordância em alguns aspectos,
assim como, levando em consideração o contexto social político e moral da
atualidade, a 5 de fevereiro de 2009 decidiu-se pela extinção futura das
Brigadas Integralistas, realizando um último ato, com a presença mais uma vez
no local em que foi palco de sua primeira aparição pública, no desfile de 7 de
setembro.
E, com essa decisão, veio à permanência do Integralismo como
direcionador doutrinário dentro da nova instituição a ser criada, a União
Nacionalista (UNAC).
Sua primeira aparição veio com a manifestação contra o asilo político
ao assassino italiano Cesare Battisti, em 8 de março de 2009. Estava lançada a ideia
e a forma de atuação da nova entidade.
Surge o Boletim
Nacionalista, veículo de divulgação doutrinária e operacional da UNAC, editado
em 1.500 exemplares por edição. É a primeira publicação do meio a tratar o
assunto de forma ampla e com embasamento para a formação de novos vetores, primeiramente
preocupado com a apresentação de textos de fácil leitura e com temas atuais, ou
seja, erradamente preocupado com um leitor irresponsável e despreocupado em
relação a valores morais superiores. Concepção modificada na atual fase da
UNAC.
Ao longo da sua existência, a UNAC recebeu várias propostas de
trabalho. Dentre elas, cabe destaque a fusão com o grupo intitulado Ultra
Defesa em 2010, cujas atividades se processaram até o início de 2012. Mais uma
vez, devido a problemas operacionais e até ideológicos, houve o rompimento e a decisão em dar continuidade aos trabalhos de
forma autônoma e independente. Assim, a história da União Nacionalista pode
ser dividida em quatro fases, conforme prevalência das características de sua
atuação e orientação doutrinária:
- Brigadas Integralistas de 2008 a 2009;
- União Nacionalista de 2009 a 2010;
- Ultra Defesa de 2010 a início de 2012;
- Retorno a União Nacionalista 2012, (atual).
Em todas estas fases, o exercício de algumas atividades foi constante;
panfletagens, passeatas, palestras, acampamentos doutrinários, viagens, contato
e alianças com vários grupos congêneres e outros.
Na primeira fase houve ênfase no trabalho de campo e no emprego dos
Camaradas em atividades abertas, além da manutenção e orientação doutrinária
integralista. Alguns camaradas realizaram diversas viagens a outros Estados,
tais como: Rio de Janeiro, Paraná e Santa Catarina. Tudo com o intuito de
arregimentar novos membros e estabelecer novas alianças com outros grupos. Nesta fase, houve a realização de reuniões
baseadas na disciplina e hierarquia. Prática que serviu de modelo para as
atuais reuniões da União Nacionalista; ritualísticas, formais, pragmáticas,
objetivas, motivacionais, espiritualistas e com a realização de atividades que
fortalecessem o espírito de corpo e a Camaradagem. A criação de um Regimento
Interno como direcionador normativo. A confecção de uma nova bandeira e de um
novo uniforme que indicasse as novas diretrizes operacionais assumidas, como o
dinamismo nas atividades e a disciplina.
O estabelecimento de Manual Básico Integralista para novos membros, com
a exposição dos pilares da Doutrina e suas fundamentações em diversos
níveis. A criação de um meio mais
eficiente e célere de comunicação com a atualização do portal na rede mundial
de computadores e desenvolvimento de uma caixa postal eletrônica com milhares
de contatos. Também, nesta fase, foi estabelecido pela primeira vez contato com
grupos estrangeiros.
A segunda fase da história da UNAC iniciou-se com a fundação da mesma.
Inicialmente usando o Integralismo como Orientador doutrinário, sendo este posteriormente
retirado e estabelecido o Tradicionalismo e o mais puro Nacionalismo traduzido
na defesa do Estado e não de governos que se revezam no esfacelamento deste.
Defendendo sempre governos justos. Distante de governos de orientações e
princípios burgueses de nossos tempos.
Outra característica importante deste período foi a diminuição do
efetivo pertencente às fileiras da UNAC. Infelizmente, devido a mudanças
doutrinárias e a necessidade de aprofundamento em outras variantes e concepções
concernentes a idéia de Estado, pois estas exigências colocaram à prova a
obstinação e a lealdade de muitos e fizeram emergir posturas vergonhosas e
completamente inadequadas a um trabalho verdadeiramente Nacionalista, tais como
avareza, preguiça, vaidade, medo, incapacidade e outros. Felizmente, estes tombaram ante a embriaguez
de suas próprias paixões desordenadas, não afetando em nada o destino da UNAC.
O rigor da luta permaneceu inabalável!
Na terceira fase, houve a fusão com o grupo Ultra Defesa. Fusão que
num primeiro momento trouxe resultados positivos: celeridade nas decisões,
maior trabalho de campo, atividades práticas mais constantes, recrutamento e
reuniões mais frequentes. Neste período, foram realizadas ações verdadeiramente
heroicas: manifestação contra o famigerado “Kit” “Gay” (um manual a ser
distribuído nas escolas públicas que ensinavam e motivavam práticas
homossexuais a crianças e adolescentes) e a manifestação contra a marcha da
maconha, onde cerca de 40 (quarenta) membros enfrentaram, honradamente, frente
a frente, cerca de 700 viciados e simpatizantes de drogas em plena Avenida
Paulista, no coração da cidade de São Paulo. Esta campanha teve repercussão
nacional e uma maior cobertura pela mídia.
A quarta fase iniciou-se com o
rompimento e consequente dissolução com o grupo Ultra Defesa e o retorno
definitivo aos trabalhos anteriormente idealizados. Rompimento motivado por divergências
doutrinárias e operacionais os mais diversos. Esta dissolução proporcionou aos
membros da UNAC uma maior consciência em relação à empreitada assumida,
permitiu um amadurecimento e um incremento mais doutrinário às atividades. Com
o lançamento de um novo Boletim Nacionalista e um novo símbolo, anunciando
novos tempos.
Podemos concluir dizendo que para a UNAC nunca houve tempos difíceis.
As dificuldades serviram para fortalecer nossas fileiras e cerrar nossos ombros
na busca pelo objetivo comum. O compromisso com a luta assumida de forma
austera, firme, obstinada e sem pestanejar. Fazendo o que tem de ser feito,
independente do resultado. Devendo
servir à UNIÃO NACIONALISTA com orgulho e com honra!
II – A ATUAL UNAC
Em que pesem as diferenças e as características individuais de seus
membros, os Camaradas da UNAC serão sempre solidários nas causas afins. Deste
modo, a homogeneidade de entendimento da doutrina proporciona o espírito de
corpo, a Camaradagem e o sentimento de fraternidade a todos os seus membros.
Pois a todo instante devemos consolidar essa posição, a de Camaradas! Porque o
atual Estado e suas instituições, não representam valores morais superiores.
Sendo apenas estruturas consolidadas a partir de uma concepção burguesa da
vida. Assim, não compartilhamos a nossa noção de Estado, de Nação e de Família,
com ideais puramente consumistas e materialistas dos tempos modernos.
Portanto, mediante o exposto, a UNAC se define na sua Declaração
Política como:
“UNAC é uma organização autônoma,
sendo uma verdadeira alternativa ao trabalho nacionalista, não fomentando
qualquer ideologia dita de “esquerda” ou de “direita”. Defendemos
uma terceira via um Estado espiritualista e transcendente, alinhado com instituições
que promovam a felicidade do Homem desenvolvendo seu senso crítico e consequente
responsabilidade frente aos desafios da sociedade, opostos às entidades
preocupadas em formar homens unicamente “produtores” e “competitivos” para o
mercado de trabalho, fomentando no cidadão o consumo como único meio de se
alcançar a felicidade. Um Estado que valorize o Homem pelo que ele é e não pelo
que ele possui. Entendemos que capitalismo, neoliberalismo, socialismo,
comunismo e outras variantes, representam a redução do Homem a mero instrumento
econômico, sem alma e sem personalidade. Estes falsos antagonismos partidários
são apenas nomenclaturas diferentes usadas por politiqueiros e
militantes desavisados ou profundamente alienados. Anunciando claramente a completa
inutilidade dos partidos políticos, “direita” e “esquerda” na atual conjuntura
política representam apenas uma direção; a ausência de qualquer ideologia que
não seja os privilégios oriundos de acordos políticos e de conchavos.
Representando apenas o coroamento do homem materialista e profundamente
individualista, ou de outra forma, do “homo
economicus”, onde este nasce para a economia e não o contrário, como
deveria ser. Buscamos uma ação completamente avessa aos sofismas que alimentam
estas ideologias partidárias. Usaremos como base as tradições altruísticas e
aristocráticas dos diversos povos formadores de nossa gente. Realizando
atividades que estimulem uma moralidade superior e nobre em relação aos
destinos da Pátria. Exaltando nossos heróis nacionais no decorrer dos séculos,
em suas batalhas, façanhas e aventuras extraordinárias.
Fomentando todas as iniciativas de valorização de nossos heróis, pois
entendemos que todos eles, em dado momento histórico, contribuíram para a
edificação da Nação. A UNAC é contra qualquer iniciativa depreciadora e de
marginalização destes heróis, com o único objetivo de minar qualquer referência
à valorização do Nacionalismo frente à população. Assim, buscamos o
renascimento de um Homem novo, o verdadeiro brasileiro, longe das anedotas,
caricaturas, personagens e estereótipos vulgares, acabrunhados, medíocres e
espertalhões que os meios de comunicação e a atual literatura alcunha ao
brasileiro.”
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