UNAC
UNIÃO NACIONALISTA
O Legionário Nacionalista
Desde
5 de março de 2009 estamos trabalhando para a elevação de valores pátrios,
transfigurados na doutrina do Nacionalismo. Uma página na rede mundial foi
colocada para divulgação de material informativo, com o objetivo de esclarecer
a população sobre o que está acontecendo em nosso país. Uma onda incessante de
corrupção, tanto daqueles que estão no poder, como entre aqueles que se dizem
oposição. Um aumento da violência doméstica, nunca antes percebida (será mesmo
que ela já tinha esse nível?) ou divulgada. Assaltos, roubos, latrocínios ... a
certeza de uma punição branda ou mesmo da impunidade, gerada pela fuga e pela
incapacidade técnica e material de nossas polícias públicas, quando não diremos
até, conivente, corrupta e desinteressada no servir à população.
Assim,
este trabalho foi escrito (melhor seria dizer compilado) com a intenção de
funcionar como um apelo à ação. A ação heróica, ação vital. Não é nenhum manual
que deva ser citado como se fosse uma escritura sagrada, mas sim uma declaração
pessoal dos princípios subjacentes ao nosso credo e à nossa filosofia de vida.
Não
pretende ser original, pois é o resultado de vasta leitura e também não vou
pedir desculpas pela forma exaltada de algumas partes. O meu país está sendo
massacrado: não posso olhar para esta profanação sem sentir pena dele, e raiva dos
seus carrascos. Por muito tempo nossos camaradas foram inibidos pelos “donos da
verdade”, que petrificaram e tentaram a todo custo impedir que tivéssemos os
meios que nos garantiriam uma vitória final.
Finalmente,
e em particular para os que me conhecem pessoalmente, quero dizer que não me
apresento como um modelo do Legionário Nacionalista descrito aqui, consciente
que sou de que as minhas fraquezas excedem em muito as minhas virtudes.
Limito-me a tentar trilhar o caminho do Soldado de Deus e convido todos os
verdadeiros patriotas a fazerem o mesmo.
Basile, J.C.
São Paulo, março de 2010
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Parte
I – A necessidade de novos ares
Sentíamos a falta de uma literatura nova, que fosse
escrita em uma linguagem atualizada ao contexto político e social de nossos
dias e aos limites de nossa atuação, mas que transmitisse uma mensagem essencial
ao interessado, o nosso Legionário
Nacionalista: o que é preciso acima de tudo é uma mudança fundamental na
atitude perante a luta, perante a vida, perante o destino; não pode haver, e
não haverá, nenhuma mudança séria na direção tomada pelo Brasil, até que o
Homem Novo, surja no horizonte, capaz de moldar e inspirar uma Nova Ordem
Social neste país. Que esse Homem Novo se erga e construa essa Nova Ordem
Social, não de acordo com os artigos de algum manifesto político abstrato e
rococó, mas de acordo com os princípios objetivamente verdadeiros de um credo
no qual ele acredita e que seja base de sua ação, e extraindo a sua vida da Lei
Eterna de algo Superior. Sem esta crença central de que a nossa Causa é
absoluta, imutável, intemporal, corremos o risco muito real da traição: traição
pelos oportunistas de partido; traição pelos que se obstinam com a “imagem na
mídia”; traição pelos fascinados pela ilusão e falsidade da democracia liberal.
O Legionário Nacionalista é a única alternativa a
uma traição certa e, como anunciador de uma Nova Ordem Social, o seu
aparecimento neste momento crucial da nossa História, não é, de maneira alguma, uma conclusão
inevitável.
Muitos candidatos pensam que podem aderir
publicamente aos nossos valores, e no entanto, continuar levando uma vida
privada de degeneração; estão enganados! Não
estou me referindo à nossa tendência para pecar, mas antes de tudo à nossa
recusa em admitir a existência do Pecado nas nossas vidas e a nossa tentativa
de conquistá-lo através de uma luta penosa e permanente.
Sem esta consciência do pecado, e com a contradição
que existe frequentemente entre as nossas crenças públicas e as nossas ações
privadas, entramos no caminho da hipocrisia que leva necessariamente à estrada
da Perfídia e da Traição.
O Legionário Nacionalista é, portanto,
necessariamente um homem moral, pois só assim poderá permitir a profunda paz
interior e a confiança que lhe permitam combater o mundo, os seus poderes e as
suas dominações, sem medo da Morte.
Alguns dirão que o Legionário Nacionalista parece buscar
se tornar um Santo Guerreiro. E assim é. Qual é o problema nisso? Ninguém
duvida por um momento que esta exigência requer um tremendo esforço e
dedicação, mas é um objetivo totalmente desejável, pois um Santo persegue fins
que são Bons e Verdadeiros, e usa meios que são Puros e Veneráveis.
Aí vem a grande pergunta: que tipo de militante político não procura o Bom e o
Verdadeiro, o Puro e o Venerável? Alguns comentam que “a política é suja por
natureza” para que isto seja possível. Certa politiqueira conhecida dos
nacionalistas afirmou que “para se limpar
uma casa suja é preciso entrar nela”. É certo que no mundo moderno a vida
política se tornou vil até mesmo horrível, só que se não apontarmos ao Bom e
Verdadeiro, ao Puro e Venerável, acabaremos quase inevitavelmente por nos
afundarmos no esgoto político que sufoca o nosso legado pátrio desde sua
independência.
Quem pode ouvir, ou seguir fielmente, políticos que
mentem, enganam ou viram casaca; políticos que enganam as suas mulheres,
namoradas e camaradas; políticos cujos fins variam conforme sua ambição,
oportunismo e ganância? O Legionário Nacionalista tem, portanto, de se destacar
como um farol na escuridão infinita; pelo que diz; pelo que faz; pela forma
como age.
Em nenhuma outra situação é a necessidade de
clareza de Pensamento e Ação maior do que na forma como expressamos as nossas
crenças.
O Nacionalismo desapareceu do cenário político
brasileiro porque confundiu a Idéia com o Veículo. A Idéia é espiritual, algo
divino, enquanto que o Veículo é obra humana, crescendo ou diminuindo na sua
capacidade de expressar e realizar a Idéia. A Idéia permanece pura, mesmo
quando o Veículo se tornou corrupto, apodrecido. A Verdade é sempre Verdade,
mesmo num mundo de mentirosos. O Veículo existe apenas para servir a Idéia; quando
deixa de fazê-lo, tem que ser abandonado pelo bem da Idéia. Só que abandonaram essa
Idéia por mais de 70 anos, estagnando e reprimindo o Nacionalismo
Revolucionário.
É o processo de desintegração e decadência de nossa
sociedade que faz com que o novo Homem Novo, que à partir de agora vamos chamar
de Legionário Nacionalista, seja mais
necessário do que algum dia já tenha sido. A Verdade e os Valores Corretos não
estão apenas desaparecendo de vista, mas começam a tornar-se incompreensíveis
para um número cada vez maior de pessoas: é conseqüência inevitável de um mundo
mergulhado no veneno do Liberalismo. Se o Legionário
Nacionalista não se erguer e proclamar a Verdade, não apontar os valores
Corretos, quem o fará? Que futuro estará reservado para as nossas famílias,
para a nossa nação, para a nossa cultura tão enriquecida pelos povos que a
formaram?
Olhando para todos os lados e sendo bombardeado com
injustiça e exploração, o homem comum murmura: “O que eu posso fazer?”. A
resposta é tão simples e assustadora ao mesmo tempo: LUTAR, LUTAR E LUTAR MAIS
UMA VEZ!
Temos que acabar com a baixeza de nossos desejos e
aspirações e com a covardia que caracteriza a nossa época. Temos que desfraldar
os estandartes da Verdade, do Heroísmo e do Sacrifício. Temos que nos tornarmos
os Guerreiros e Santos que outrora fizeram esta terra digna de amor e respeito.
Temos que viver a nossa vida para que outros possam
viver, e viver grandiosamente. Lançar a Guerra Santa que limpa a alma, purifica
a mente e expulsa para sempre os traidores e covardes do nosso seio!
Lutar com determinação inabalável, coragem, e um
coração alegre até à Vitória Final!
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Parte
II - A situação atual do País
Para onde quer que olhemos, vemos provas crescentes
de desintegração e decadência social. As provas estão aí para todos verem; é um
fato incontestável.
Falando de política, veremos que a pior espécie de
indivíduo, o egoísta e fraco de espírito, lidera os partidos políticos e
estruturas do Sistema, e ao fazê-lo, assegurou-se de transformar a corrupção e
a traição num modo de vida. Políticos e líderes partidários, não se importando
com o povo que dizem representar, enchem os bolsos vendendo a população à
pobreza, à degradação e a interesses estrangeiros hostis. No nosso país, o
presidente e seus asseclas, passeiam pelo mundo afora às nossas custas,
recebendo a adulação de uma mídia enganadora, financiada pelo Grande Capital,
enquanto o Brasil lentamente sangra até à morte.
Na economia, asseguram-nos constantemente que a
recessão mundial se aproxima do fim, talvez nem tenha mesmo chegado (a marolinha que ficaria nas piadas por
alguns meses), no entanto, para aqueles cuja memória vai além do último
episódio do Big Brother Brasil, é um
fato que os Petralhas nos têm impingido esta mentira barata desde que tomaram o
governo. O desemprego continua a aumentar vertiginosamente de ano para ano e
não há manipulação cínica dos números por parte dos Ministérios envolvidos que
possa ocultar o fato de que as vidas de mais de 45 milhões de pessoas estão sendo
destruídas pela humilhação das filas do seguro desemprego e do Bolsa Família, Bolsa-isso ou Bolsa-aquilo, tirando a dignidade do resultado do Trabalho.
Nada é mais digno, nada é mais belo nem mais
glorioso do que o Trabalho; nada é mais nobre, mais significativo no plano do
Universo do que o Trabalhador. E ainda, o Trabalho não é apenas uma
necessidade, porque é uma condição da harmonia universal. É a energia, no plano
humano, que conduz as Nacionalidades e suscita as Civilizações. Qualquer
economista mais ortodoxo considera 10% de desemprego como o limiar a partir do
qual o descontentamento e a privação podem causar desde perturbações públicas
até levantamentos revolucionários; no momento em que escrevo, quase 10% do
nosso povo encontra-se sem trabalho, levando-se em conta a pesquisa de
janeiro/2009 do IBGE, que aponta somente nas seis principais regiões
metropolitanas do país, uma taxa de desocupação de 8,5%, no auge das
conseqüências da crise econômica de setembro/outubro de 2008. A crise econômica,
incessantemente realçada pela mídia, fez os velhos decrépitos do FMI e do Banco
Mundial correr de um lado para o outro do globo para iniciarem ainda mais conversações
– e enquanto eles falam sem parar, a nossa moeda perde todo o valor e o poder
aquisitivo da classe média é destruído. A mídia exige que também nós nos
preocupemos com o destino do sistema bancário mundial; que nos preocupemos com
um sistema que destruiu a vida de milhões em todo o mundo; que condenou todos
os povos e culturas à pobreza extrema; que saqueou e pilhou os recursos e
tesouros de nações inteiras.
Querem que lamentemos o fim de um sistema que
possui o toque de Midas da Morte. O impacto deste declínio político e econômico
no nosso povo tem sido catastrófico. O desemprego distorceu a vida familiar
levando ao aumento dos divórcios, dos abortos, dos maus-tratos infantis, dos
homicídios e dos suicídios. Num esforço para escapar a este pesadelo, muitos
procuram “uma solução” na bebida, nas drogas e no jogo. Jovens desempregados,
sem um lar estável e com auto-estima baixa procuram respostas em inúmeros
grupos e cultos “anti-Sistema”, para alegria dos nossos políticos. Enquanto os skinheads espancam os punks ou os emos, ou ainda surgem na mídia as “propagandas” de grupos “supremacistas”
brancos – ou nem tão brancos assim – envolvidos com o crime e a morte vil, os inescrupulosos
de Brasília continuam a sua vida sem oposição – destruindo o nosso país.
Mas é espiritualmente que o nosso povo mais sofreu.
Já não acreditando no sobrenatural ou no divino, tornaram-se presas da
manipulação de vigaristas. Para que o Homem seja saudável verdadeiramente
precisa de equilíbrio material e espiritual. Não basta ao Homem alimentar-se e
ter um teto. Ele tem de ter uma razão para viver e isso ele deve perceber e
compreender que a vida familiar é vital; que o nome de sua família deve ser
perpetuado; que o Bem Comum do povo brasileiro tem que ser protegido; que
devemos assegurar que a nossa Nação e a nossa rica Cultura sobrevivam e
prosperem. Não existe mais este equilíbrio material e espiritual, que no início
do século XX nossos antepassados ainda possuíam.
Hoje a palavra “instante” reina de forma suprema.
Todos vivem para o momento. Como resultado, o nosso povo perdeu a alma,
tornou-se infeliz, frustrado e até mesmo desumanizado em alguns aspectos.
Ninguém quer ajudar os outros a menos que possa ganhar algo; ninguém quer se
envolver; ninguém quer assumir responsabilidade. Mas todos querem seguir o
caminho mais fácil, e se o mais fácil é sacrificar a nossa família, comunidade
e vida nacional então isso é considerado aceitável.
Não queremos iludir ninguém. A luta para inverter
esta situação será extremamente árdua e ingrata; árdua porque os inimigos da
civilização não renunciarão ao seu controle sobre nós até que nós o forcemos a
fazê-lo; ingrata porque ninguém quer que lhe digam que uma catástrofe se
aproxima. Se quisermos sobreviver, temos que responder pronta e vigorosamente.
Se não estiverem dispostos a fazê-lo, é melhor começar a rezar por uma morte
rápida e misericordiosa, pois nada mais lhes poderá valer.
Parte
III. Por que precisamos do Legionário Nacionalista?
“Tudo
se rebela contra aquele que quer criar uma ordem nova. Todos os preconceitos se
levantam. Tudo o que há de negativo no passado se mobiliza. Todos os comodismos
dos satisfeitos se insurgem. Todos os medíocres conjuram para aniquilar aquele
que vai interferir na marcha normal dos fatos”.
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Existem vários movimentos Nacionalistas e
Patrióticos em atividade no Brasil, na linha da frente da batalha contra as
forças que afundam o país num mar de lama, corrupção e traição. No entanto, todas
elas cometeram erros fundamentais desde o seu surgimento. Discutia-se se deveríamos
realizar uma marcha aqui ou ali, se deveríamos concorrer a esta ou àquela
eleição e por qual partido; como podíamos melhorar a nossa “imagem”. Estas
discussões eram tão úteis como discutir quem ficava com que espreguiçadeira da
praia embaixo de um ciclone extra-tropical! É certo que nossos nomes se
tornaram mais conhecidos, se bem que com outros métodos poderíamos ter
conseguido o mesmo.
No entanto, todo o nosso tempo, dinheiro e energia,
não serviram para melhorar a vida de um só lar.
A nossa falha é simples, mas crucial. Não é de
políticas ou doutrinas ou atividades que precisamos – por mais importantes que
estas coisas sejam – mas de um novo tipo de Homem, disposto a viver o modo de
vida Nacionalista diariamente, que atuará como um farol e uma inspiração para
todos os brasileiros que o rodeiam e se desesperam com a situação. Os partidos
políticos estão desacreditados e nem mesmo oferecem políticas ou doutrinas ao nosso
povo há gerações, e qual o seu efeito? Para o cidadão comum, porque é que a
União Nacionalista seria diferente dos outros, se viessem a atuar como um
partido? Se queremos ser bem sucedidos devemos ir direto ao centro da questão:
o nosso povo precisa ter como exemplo alguém que pratica o que prega. A esse
exemplo chamamos de Legionário Nacionalista.
Mas o que é exatamente o Legionário Nacionalista?
Se olharmos para os períodos mais elevados da
história européia, podemos facilmente identificar o tipo de homem que encarna
ou expressa o espírito de que a nossa nação tão desesperadamente precisa.
Na Grécia antiga foram os Espartanos, povo austero
e altamente disciplinado, que ficou na história principalmente por causa do seu
comportamento heróico na batalha das Termópilas, eternizado pelo cinema à
partir de uma estória em
quadrinhos. Neste local, 300 espartanos, liderados pelo seu
Rei-Guerreiro Leônidas, enfrentaram 100 mil soldados persas comandados pelo
Imperador Xerxes; ao invés de recuarem atemorizados perante tal diferença, os
Espartanos lutaram e então morreram até o último homem num cadinho de fogo e
sangue. Embora os Espartanos tenham perdido, é deles que a história recorda.
Na Europa medieval foram os Cruzados Cristãos, cuja
devoção aos ideais do Ascetismo e da Cavalaria, personificaram a Europa,
Oriental e Ocidental, de tal modo que ainda hoje a expressão “conduta
cavalheiresca” é considerada um grande elogio. Estes cavaleiros, uma comunidade
supranacional unida pela cultura, foram descritos pelo Papa Urbano II como
“sempre prontos a acorrer aonde quer que a guerra irrompa, levando-lhe a fúria
dos seus braços em ordem a defender a Honra e a Justiça”.
No nosso século, os mais extraordinários legionários
são talvez a Guarda de Ferro romena, o Movimento Legionário, fundado e moldado
pelo gênio de Corneliu Codreanu. O espírito que este movimento gerou era tão
forte, tão penetrante, que nos seus curtos 15 anos de existência contagiou um
povo inteiro pelo seu poder espiritual e inspirativo.
Devemos aprender que o poder do Idealismo não tem
limites.
Quando olhamos para estes poucos exemplos que
citei, algo se torna imediatamente óbvio para a maioria dos leitores – a saber,
que todos eles são guerreiros, homens militares. No entanto, seria totalmente
errado pensar que este aspecto, o militar, é o aspecto mais importante, ou
mesmo um dos aspectos mais importantes. O denominador comum, que nos permite
colocar todos estes homens na mesma categoria, é o fato de se inspirarem num
ideal espiritual e religioso que domina totalmente as suas vidas. Nada se
colocava entre eles e o Ideal. Estavam dispostos a sacrificar tudo e mais
alguma coisa pela vitória do seu Ideal
Eles eram excelentes guerreiros porque uma chama
ardia no seu interior, uma chama que só poderia ser extinta quando eles dessem
o seu último suspiro. Era uma chama que os inimigos frequentemente não possuíam
nem compreendiam, mas que temiam e respeitavam. É esta chama, este espírito
flamejante, que temos de reavivar se queremos que o nosso país tenha um futuro digno.
Se esta tarefa se mostrar além das nossas capacidades então toda a nossa
riqueza material e cultural se mostrarão completamente inúteis, pois a coisa
mais importante na vida é a Vontade de viver. Se esta Vontade está ausente do
nosso povo, então nenhuma política ou doutrina poderá nos salvar.
A tarefa do Legionário Nacionalista é promover a
Vontade de viver, através da revelação da verdadeira natureza da vida, opondo-se
ao pesadelo materialista deste século, e vivendo essa vida. Para que possa
fazer isso, o Legionário Nacionalista tem de se submeter a uma Revolução
Espiritual, uma revolução interior que guia, dirige e impregna a sua vida,
contra a tirania da matéria.
E aí lembramos de que “a Revolução Interior supõe o
domínio de si mesmo pela renúncia às paixões, pelo esforço reflexivo que
procura descobrir no homem decaído a verdadeira grandeza humana”, ou seja,
descobrir o Homem no homem. “Dominar o comodismo, a preguiça, o ceticismo, a
desilusão, o cansaço, a impetuosidade, o egoísmo, o apego às glórias falazes,
convencido de que ninguém tem o direito de pretender orientar uma Pátria,
quando não é capaz de governar-se a si próprio”.
Quando esta tarefa estiver concluída o Legionário
Nacionalista passará a avaliar todas as suas ações de acordo com a contribuição
que elas dão para o avanço da Causa. Ele não perguntará “O que é que eu tenho a
ganhar aderindo ao Nacionalismo?”, mas sim “Em que posso ajudar para que o Nacionalismo
cresça?”.
Para este tipo de Homem certas palavras serão a
chave para o próprio significado da Vida: Honra, Justiça, Amor-próprio,
Honestidade, Fé, Humildade, Compaixão, Amor.
Ele não permitirá que a sua honra ou a da sua nação
sejam atacadas ou subvertidas pelos indignos; ele não assistirá passivamente à
exploração do seu povo, mas se tornará um foco na luta pela justiça. Ele não
perderá o seu amor-próprio e valor tornando-se dependente de drogas ou bebidas,
pois ele sabe que se possuir a Força Interior que sustenta a vida, será
invencível. Ele será honesto em todos os seus negócios, grandes ou pequenos,
porque o Militante Nacionalista lidera pelo exemplo. Ele terá uma fé total e
inquestionável na justeza da sua Causa; ele se esforçará até o limite das suas
capacidades por melhorar o bem-estar do seu Povo e Nação, mas o fará sem pensar
nos elogios ou na publicidade. Ele permanecerá humilde, inspirado por um modo
de vida superior, sabendo que as suas ações são uma questão de dever. A sua
compaixão será tal que protegerá os fracos e necessitados da nossa nação com a
sua força imponente. O seu amor será puro e revigorante, reavivando e
inspirando tudo e todos em que toca.
O Legionário Nacionalista é o homem que se escora
num Ideal Eterno e que agirá decididamente em toda e qualquer situação na
defesa do que é Certo, Bom e Verdadeiro. Nunca na história deste país a
necessidade de batalhões de Legionários Nacionalistas foi tão urgente, tão
vital.
As fileiras dos nossos inimigos são imensas: os
bancos, os comunistas, os liberais, os sionistas, os capitalistas. Eles têm
dinheiro e poder; eles dominam a mídia, eles controlam exércitos através do seu
controle sobre os governos; eles injetam idéias corrosivas no sangue da nação
que nos debilitam, tornam-nos apáticos, tornam-nos “paus-mandados”.
E o que temos nós para combater isto? Uns poucos
milhares de patriotas espalhados pelo país. Não temos dinheiro, não temos
poder, não temos influência, não temos imprensa. Nós somos os Espartanos, os
Poucos. Eles são os Persas, os Muitos. Se nossos espíritos não estiverem
impregnados pela Revolução Interior, esta horrível realidade veremos os nossos camaradas
abandonarem o campo de batalha em hordas, lamentando a “inevitabilidade” dos
acontecimentos.
“Sou sozinho”, ou “somos poucos” eles o fazem
pensar. “Não podemos ganhar” ou quando a adversidade e o terror de Estado batem
às nossas portas, “As coisas já foram longe demais”, dizem. Certo nacionalista
galês do século XIX, estava correto quando afirmou que: “O Inevitável não é
torre de vigia do Sábio, mas apenas o santuário do Tímido”.
O Legionário Nacionalista olhará para esta triste
realidade com outros olhos porque ele é um Idealista e um Realista. O Ideal é o
objetivo da nossa luta, o Realismo é a qualidade que dita a melhor forma de
alcançar este objetivo.
Estamos em desvantagem em todos os aspectos exceto
um. Esta exceção é a nossa Fé, o nosso Ideal, que nos é mais querido que a
própria vida, e que não pode ser intimidado, nem subordinado, nem extirpado.
O Legionário Nacionalista será um modelo pelas suas
atitudes e ações, será um exemplo para os nossos compatriotas a quem a coragem
falhou temporariamente. O Legionário Nacionalista, suscitará, onde quer que vá,
entusiasmo, camaradagem e dedicação pela
sua simples presença. Ele será uma Luz repelindo as fronteiras da Escuridão.
E se os covardes, os pregadores da “Arte do
Possível”, te atacarem com acusações de “fanatismo”, lembre-se das palavras de John
Jenkins: “Direi três coisas sobre o fanatismo. Primeira: se é
verdade que o fanático tem a força de dez homens, assim é porque os outros nove
não podem ser incomodados. Segunda: nem sempre é verdade que o fanático não
considera o custo da ação; tornei-me fanático porque não estava disposto a
aceitar o resultado da inação. Finalmente: a sobrevivência de meu país e a
prosperidade da sua cultura e herança, requerem uma devoção feroz e inabalável
à Pátria acima de tudo o resto. «Acima de tudo o resto» inclui família,
perspectivas de futuro, carreira, saúde, liberdade e a própria vida. Acredito,
na realidade tenho a certeza, que meu país pode inspirar este tipo de
fanatismo, e que este fanatismo é o catalisador essencial para mover a maioria
do povo”.
O que Jenkins diz de Gales não é menos verdade para
as outras nações do mundo.
Parte
IV - O caminho até o Legionário Nacionalista
“Devereis
diligentemente tomar como vosso objetivo, que em todo lugar e toda ação, ou
empreendimento externo, sejais interiormente livre e senhor de vós mesmos e que
todas as coisas estejam sob vós e nunca vós sob elas” (Imitação de Cristo)
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Nós nascemos com um dever a cumprir; não sob
coação, mas livremente. Esse dever consiste em pormos mira de eternidade em
tudo o que fizermos visando efemeridades, o que se resume em fazer a vontade de
Deus.
Essa vontade é a de que nos salvemos do mal a que
somos induzidos, procedendo de forma que tudo advenha e se realize por nosso
livre arbítrio. No somos nem empurrados nem arrastados ao Fim Supremo, porque
compete a nós caminharmos por nossos próprios pés e livremente.
O Grande Dever apresenta-se na vida prática, nas
mil circunstâncias cotidianas, em forma de pequenos deveres. São esses
deverezinhos da vida e das funções de cada um. Esses minúsculos deveres que,
desdenhados uma primeira vez, na segunda serão instransponíveis para nós e tão
crescidos aos nossos olhos, que mais fácil será nos precipitarmos no vácuo do
que nos impulsionarmos por vencê-los.
“Quem não é fiel no mínimo,...”, “quem põe a mão no
arado e volve os olhos para trás nada consegue”. Cumprir, pois, os pequenos
deveres é o único meio de cumprir o Grande Dever.
Para cumprir os pequenos deveres é preciso
transformar os pensamentos em
ação. Os que muito falam, pouco fazem, mas o que muito
pensam, fazem menos ainda. Existe uma diferença enorme entre pensar e fazer. Do
pensar, vai-se ao concluir, do concluir ao falar, do falar ao executar. Muito
pensam sem concluir, outros concluem e apenas falam, mas não fazem, outros
ainda que, tendo concluído, falam fazendo ou fazem até mesmo sem falar.
Evidenciemos um sintoma de fatal doença que vai
destruindo-nos como povo. É o Espírito farisaico dominante naqueles que
pretendem ser ou inculcar-se como modelo de virtudes. São os sepulcros caiados
de que fala o divino Mestre: aparentam uma alvura imaculada, mas guardam no fundo
a putrefação de uma alma roída pelos vermes da crueldade. Sua virtude está
apenas da boca para fora. Implacáveis na crítica aos defeitos ou erros alheios,
cometem outros mais graves, principalmente o do orgulho.
Esses, a todo instante invocam deveres que não
cumprem, falam de idéias que não cultuam, exigem castigos exemplares sempre que
redundem em beneficio dos acusadores, mas fecham os olhos aos vícios mais
revoltantes, quando os viciosos lhes dão benefícios.
É preciso desconfiar de todo aquele que exagera o
culto verbal de certas virtudes. Sentindo-se, no íntimo, condenáveis, ou
sentindo a secreta repulsa pelo mal que neles reside, mas sem forças para dele
se libertarem, fustigam o mal que está ou julgam estar nos outros. É uma
válvula por onde escapam os vapores ferventes da sua própria consciência em ebulição. Pois , na
verdade, participam de todos os males que dizem condenar.
Urge como remédio aos males do nosso século, pensar
bem, mas realizar o Bem. Enunciar a proposição do Dever em cada ato da nossa vida,
mas uma vez composta em nossas mentes, traduzi-la em atos objetivos, pois no
meio das desgraças do mundo moderno, estou convencido de que um bom exemplo
vale mais do que o mais belo dos discursos.
Isso nos faz lembrar que devemos também cuidar de
como agimos. Daí lembramos que Marcel de Corte fez a seguinte observação em
1965, em Lausanne, Suíça: “Ouço dizer frequentemente que os meios, só por si,
não são bons nem maus. Confesso que esta asserção me deixa confuso, pois
interrogo-me onde podemos encontrar meios que sejam puramente meios, (...). Não
podemos considerar um meio apenas como tal, exceto na mente. Um meio é sempre
avaliado em relação com os fins”.
“Os fins justificam os meios” é uma asserção
freqüente da era moderna, e é uma asserção que muitos nacionalistas subscrevem
sem pensar. Tal como a declaração de Marcel de Corte deixa claro, Meios e Fins
constituem uma unidade, ligados organicamente e mutuamente dependentes na
política prática. Os fins perseguidos pelo Patriota estão em completo desacordo
com os do Sistema e, portanto, os meios serão naturalmente diferentes. Os
métodos utilizados pelos comunistas ou pelos lacaios do Grande Capital para
instalar os seus regimes de terror não podem ser legitimamente utilizados pelos
Nacionalistas sem que isso prejudique imensamente tanto o militante como a sua
Causa.
Tomemos como exemplo a tática do terrorismo (que
devemos distinguir da mera violência política ou assassinato), que é absolutamente
estranha à tradição Nacionalista, pois o seu objetivo, teórico e prático, é
inspirar o medo na população em geral através do assassínio indiscriminado de
gente comum por bala e bomba. Rejeitamos este método pela boa razão de que
procuramos o apoio do povo tendo em vista a melhoria da sua situação e é pouco
provável que o consigamos exterminando-o! Se proclamamos amor pelo nosso Povo e
Cultura, então que papel podem desempenhar na política Nacionalista estes
métodos que geram medo e ódio? Se proclamamos que carregamos a Verdade Absoluta
nos nossos corações, então como poderemos mentir e enganar nas nossas ações sem
distorcer a Verdade que nos propomos defender e fazer progredir? Que ninguém
diga que as coisas serão diferentes depois da “Revolução Nacional”, pois o
homem que não consegue manter os seus princípios quando não tem poder e nada a
perder, dificilmente será capaz de os manter quando obtiver o poder e tudo tiver
a perder. A prática, como se costuma dizer, faz a perfeição, e é algo que
devemos ter em mente todos os dias das nossas vidas nacionalistas. Os caminhos
tomados pelos nossos oponentes conduziram-nos aos Estados Escravos da URSS e
dos EUA – nós tomamos um caminho diferente porque pretendemos o Estado Nacional
Revolucionário.
Venceslau Júnior trata a palavra “revolução” como
uma das mais desconceituadas no Brasil. Revolução para o povo brasileiro
significa assalto ao Poder Público; significa, apenas, substituição de
políticos mal intencionados, no Governo da Nação; revolução, para a grande
massa sofredora do país, significa exploração da boa fé do povo, significa luta
entre políticos profissionais, em benefício do grupo que ganhar e sem prejuízo
para o grupo que perder; significa sacrifício da mocidade e dos homens de bem,
em proveito de espertalhões e desonestos; significa substituição de um Governo
mau, por um Governo péssimo; revolução no Brasil, significa bandalheira,
tapeação, negociata, imoralidade, rebaixamento do nível moral e cultural da
Nação; significa heroísmo inútil e significa uma formidável gargalhada, porque
ninguém a levará mais a sério.
E continua dizendo que a verdadeira Revolução é
aquela que quer dizer Revolução Interior de cada pessoa, transformação do modo
de pensar de cada um, firmeza de atitudes, zelo pelas questões públicas, amor à
Pátria e à Família, fé em Deus.
Isto não significa que não sejamos discretos nas
nossas ações ou que não possamos recorrer a uma certa agilidade mental, muito
pelo contrário. Os nossos princípios ditam que nos empenhemos com cada fibra do
nosso ser – física, mental, espiritualmente – até ao limite das nossas
capacidades no prosseguimento da Causa, ao mesmo tempo que mantemos a nossa
pureza de Espírito. É demasiado fácil abandonar os nossos princípios e valores
alegando a pressão das circunstâncias. É preciso força de caráter, ânimo e
resiliência para resistir às idéias corrosivas dos nossos inimigos, que nos
convidam a tomar o caminho mais fácil. Basta que cedamos uma vez para que
entremos no caminho traiçoeiro que leva à traição.
E falando em traição, não se
pense que os atos de traição são mais fáceis de cometer do que as provas
inequívocas de fidelidade. É difícil ser traidor; quando a traição é
consciente, o seu autor sofre porque sabe que vai prejudicar ao renegar o
juramento, o compromisso livremente assumido. Esta traição não é leviana, de
amiguismo primário. Esta traição a que nos referimos é realmente difícil de
praticar. Só um homem com capacidade para atos valorosos é capaz de cometer
este tipo de traição. É aquele homem que sabe que a partir daí a sua vida
jamais será igual, como alguém a quem lhe amputaram os membros e lhe arrancaram
a língua ou lhe queimaram os olhos. E esse homem, no entanto, teve a coragem de
trair, fazendo por ventura a opção mais difícil da sua vida: traiu e
conscientemente está preparado para a eterna penitência. Respeitemos, portanto,
este tipo de traidor.
Poderíamos falar do outro tipo de traidor: o
vulgar, o covarde, o habitual, o estúpido, o que não causa admiração na prática
do ato, mas a elevação espiritual a que nos propomos leva-nos a rejeitar tal
abordagem.
O nosso caminho não é fácil. É árduo, é ascético, é
uma paisagem de sangue, suor e lágrimas. O dia em que deixar de o ser, será o
dia em que o Nacionalismo Revolucionário se vendeu.
A compreensão da relação entre Meios e Fins não é
um mero exercício acadêmico, mas uma qualificação essencial que determina não
só o recrutamento de Legionários Nacionalistas, mas também como serão moldados em Guerreiros Nacional
Revolucionários. É a condição para perceber porque é que
certos métodos nunca nos serão aceitáveis.
Examinemos o recrutamento. No passado a elite
guerreira era um fato da vida, e tão natural como os dias de sol e os pastos
verdes, mas hoje é, na melhor das hipóteses, uma memória romântica. A
desagradável conclusão que temos de encarar é esta: serão pessoas como você – o
leitor deste folheto – que terão de liderar o caminho, que terão de se tornar
nos Legionários Nacionalistas, nos Homens Novos, que nos levarão à vitória.
Alguns irão rir-se desta idéia. Alguns recuarão com receio desta idéia. Alguns
confessarão que não têm a capacidade necessária. Infelizmente Deus ou o Destino
– chamem-lhe o que quiserem – decretou que você e eu temos de empreender esta
tarefa assustadora.
Nossos antepassados nos anos de 1930 enfrentaram
situações similares (eu diria até muito piores) e devemos extrair força dos
seus espíritos, que nos impelem a continuar. É sobre a fundação do seu espírito
que devemos erguer o estandarte do Patriotismo e desafiar aqueles que forem
suficientemente estúpidos para provocar a fúria desta nação.
E se vocês se recusarem a ser tais guerreiros, a
quem pode a nação recorrer? Àqueles que enfiam a cabeça numa caneca de cerveja
ou num saco de cola? Àqueles que procuram a “realidade” em vídeos de ficção
científica ou na heroína? Àqueles que falam muito e alto, que ameaçam um
Crepúsculo dos Deuses ou promulgam uma “Neuland” (Nova Terra), na estúpida
tentativa de praticar em nossas terras um sistema político condenado pelo resto
do mundo? À todos esses que, no entanto, se queixam de alguns reais de anuidade
ou mensalidade ou ainda de um par de horas numa reunião semanal? Ao idiota que
pensa que cabelo raspado, cerveja barata e briga de rua são o significado do
nacionalismo? Ao patriota plástico, o zangão burguês, sempre tão devoto à
“defesa da floresta amazônica”, mas não tão devoto que não sacrificasse o seu
“patriotismo” se ele ameaçasse a sua “respeitabilidade” perante os seus
vizinhos e amigos?
Nenhum de nós quer este combate, mas o dever chama.
Os que o recusam são simplesmente covardes.
O Legionário Nacionalista é capaz de respeitar o
seu inimigo, mas apenas pode desprezar o Traidor e Desertor. E quando a herança
dos seus filhos lhes tiver sido roubada e entregue aos inimigos, você será
capaz de os olhar nos olhos e dizer que fez tudo o que podia?
Partindo do princípio que você tem a coragem e
determinação necessárias, como se tornar um Nacional Revolucionário?
Não há dois Legionários Nacionalistas completamente
iguais, embora naturalmente tenham muito em comum. As diferenças
existentes ficarão a dever às nossas forças e fraquezas enquanto indivíduos.
Estas diferenças não devem ser encaradas como um problema, na realidade podem
ser uma vantagem, pois um exército eficaz é constituído por diferentes tipos de
homem. Ter só Caciques e nenhum Índio é tão inútil quanto ter só Índios e
nenhum Cacique. Alguns de vocês emergirão como líderes, outros como guerreiros,
mas todos serão vitais à nossa Missão Nacional.
O caminho do desenvolvimento, o programa de
formação, que culmina no nascimento do Legionário Nacionalista é uma Cruz sobre
as nossas costas. Só carregando este fardo, através da luta, poderemos
lentamente – e quando digo lentamente é mesmo lentamente – adquirir as
qualidades necessárias. Alguns procuram a excelência física como o seu maior
objetivo na vida – eles confirmarão que esta excelência é algo que não é dado
gratuitamente com cada litro de gasolina, mas algo que requer trabalho duro e
muito sofrimento. Do mesmo modo, tornar-se um Legionário Nacionalista é matéria
para ativistas, não para ditadores de caldeirão ou Homens de Destino
auto-proclamados.
Dito isto, o caminho do desenvolvimento é simples e
lógico na sua estrutura.
_______________________________________________________________________________
Parte V - A formação do Legionário Nacionalista
“Antes de transpores esta porta, consulta teu
coração: És capaz de renunciar aos prazeres, ambições, interesses e à própria
vida pela grandeza da Pátria?”
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A espinha dorsal de qualquer Legião é, como
em qualquer exército, a autoridade e a disciplina. Perder estes pilares
essenciais é deixar de ser milícia e a milícia tem por lema eterno: a minha
honra é a minha fidelidade! Só aceitando estas palavras como fazendo parte da
sua alma é que o Legionário Nacionalista adquire um caráter autêntico que é
espelhado em qualquer ato praticado por ele.
O Legionário Nacionalista apresenta-se assim
quase como monge, ascético, impessoal, pronto a cumprir com o seu dever e ser
escravo da palavra dada, sacrificando os seus interesses pessoais em prol da
comunidade, da Pátria.
Na sua formação como Legionário Nacionalista, de
início proponha-se a atingir apenas pequenas coisas, objetivos que quando
alcançados lhe darão a confiança e conhecimento para tentar alvos mais
ambiciosos. O mais importante nesta fase é ser honesto consigo mesmo porque se
não o conseguir, então nunca será honesto com os seus camaradas. Sente-se
sozinho, e após um período de reflexão séria, escreve uma lista com as suas
qualidades e defeitos, nunca esquecendo que deve evitar os extremos da crítica
excessiva ou da vaidade.
Feito isto, escolhe uma qualidade que possa ser
desenvolvida e melhorada, e uma fraqueza que seria melhor eliminar. No papel
isto soa incrivelmente fácil, mas na realidade é uma batalha de proporções
titânicas. Haverá momentos em que pensará que tudo corre bem, e de repente você
cai, retornando a velhos hábitos. Mas não é motivo para desistir nem
desencorajar-se pelo pequeno fracasso, porque é a persistência que desenvolve a
sua autodisciplina e a vontade de vencer contra todas as probabilidades. É um
processo que fará espiritualmente, aquilo que o fisioculturista Charles Atlas
dizia, que “os seus pesos te farão fisicamente”!
Só é possível compreender a felicidade depois de
compreender a tristeza, só se pode apreciar o sucesso depois de experimentar o
sabor amargo do fracasso. Se não conseguir superar as pequenas coisas, você será
inútil numa crise. Quando as coisas se tornarem mesmo duras nos anos vindouros,
quando a repressão for violenta, sistemática, total, você vai querer saber que
pode contar com os seus camaradas de luta, e eles desejarão saber se podem
contar com você. A paz de espírito que esta confiança nos outros produz não
pode ser superestimada.
Deixem-me dar algumas idéias práticas de por onde
começar, mas lembre-se de que são apenas exemplos genéricos para colocá-lo a
pensar no sentido correto.
Você assiste televisão noite após noite? Se sim,
diminui o tempo que o faz porque está se expondo desnecessariamente à
propaganda dos nossos inimigos, que seja um documentário ou uma telenovela. Use
o seu tempo de forma construtiva e de uma maneira que ajude a Luta Nacional.
Leia um livro político ou uma revista. Dê um passeio pelo campo ou no parque e
desfruta as dádivas da natureza. Faça um esforço extra de distribuição de
panfletos ou venda de jornais. Organize um grupo de discussão em sua casa para
um par de amigos, ou envolva-se em grupos comunitários locais como as
associações de moradores, grupos ambientalistas, entre outros, e luta por uma
justiça local.
Você bebe 4, 5, 6 ou mais cervejas quando sai à
noite? Reduza para 2 ou 3; não só terá mais dinheiro para a Causa, como a sua
saúde melhorará bastante. Além disso, os Cruzados não eram conhecidos pelas
suas barrigas de cerveja!
Fuma muito? Se sim, reduza ou deixe mesmo de fumar.
Isso só serve para financiar o Grande Capital e prejudicar a sua saúde. Haverá momentos
em que precisará se mover rapidamente, e aqueles que insistem em tomar a
aparência de um dinossauro ofegante terão então de pagar o preço!
Considera uma ida ao futebol ou a uma festa mais
importante do que realizar uma tarefa da União
Nacionalista? Se sim, aprenda a estabelecer as suas prioridades! É claro
que todos precisamos de uma pausa, mas lembre-se que se a União Nacionalista falhar por causa da falta de entusiasmo dos seus
membros, isso marcará não só o ocaso da Nação, mas também das distrações que
você considerava tão importantes.
Se você não tem o hábito da leitura, tenta ganhá-lo
e procura atingir sempre níveis superiores.
Um dos motivos determinantes da ausência de idéias
e de programas políticos entre nós é, incontestavelmente, a falta de cultura. O
nosso mal não é o analfabetismo, como costumam afirmar os homens da oposição
sistemática a todos os governos, estampando quadros estatísticos em que nos
comparam aos países ricos e possuidores de meios fáceis de comunicação. O
analfabetismo seria até um elemento positivo, porque representaria a massa
bruta, facilmente dirigida pelas elites cultas.
O nosso grande mal é o semi-analfabetismo (ou
analfabetismo funcional, que assola 75% de nossa população ou mais), essas
massas de homens incapazes de raciocinar, avessos à leitura, repisadores de
duas ou três idéias que se lhes meteram na cabeça, opinadores superficiais em
todas as oportunidades, vaidosos e ocos, de gravata e colarinho, enxameando as
cidades, parasitariamente.
O analfabeto trabalha e produz; nada lê, e por isso
mesmo traz virginalmente consigo a capacidade de instituição para a vida prática,
capacidade essa que o semi-analfabeto perde completamente com as poucas luzes
que, em vez de o iluminarem, o perturbam.
O semi-analfabeto é o cidadão que sabe ler e
escrever e que, por isso, se julga superior ao pobre caboclo que lavra a terra
e ao operário que produz nas fábricas. É o tipo do eterno candidato aos
empregos públicos, com uma tendência burocrática irresistível, uma predileção
enorme pela vida sedentária. São indivíduos incapazes de ligar duas idéias e,
em política, constituem o sustentáculo desse regime partidário de prestígios
pessoais, de cambalachos inspirados pelo interesse das colocações.
As nossas escolas, tanto primárias, como
secundárias e até superiores, tem sido a máquina em permanente funcionamento na
fabricação de semi-analfabetos, de homens que odeiam os livros, que detestam as
conversações sobre temas de ordem geral, que só visam aos seus mesquinhos
interesses.
Conhecimento é Poder e quanto mais você souber
maior ameaça representará para o Sistema. Participe das reuniões das associações nacionalistas e patrióticas,
onde te ensinarão a produzir panfletos locais que o ajudarão a promover as
idéias nacionalistas na sua comunidade; onde o ensinarão a imprimir cartazes e
camisetas; onde os nossos conferencistas explicarão os nossos ideais
revolucionários em termos simples, o que melhorará a sua capacidade de
converter pessoas pela persuasão.
A União
Nacionalista pode ensinar estas coisas, e muitas outras, mas ainda sobra um
amplo espaço para a iniciativa pessoal: aprenda novas línguas, especialmente o
inglês e o espanhol; aprenda a dirigir, a usar o computador, a falar em público. Frequente
cursos noturnos e aprenda eletrônica, mecânica, química ou jornalismo, ou
arranje um passatempo físico, como levantamento de pesos ou artes marciais.
Existem mil e uma coisas que você pode fazer para melhorar,
coisas que lhe darão satisfação e ajudarão a Causa a atingir a Vitória. O que
quer que seja que decida fazer, decida a levá-la até o fim. Ficar sentado sem
fazer nada é precisamente o que os crápulas do Congresso querem que você faça,
pois assim está facilitando bastante o trabalho deles.
Aqueles que estão dispostos a fazer os sacrifícios
necessários para se tornarem Legionários Nacionalistas terão de desenvolver
certas virtudes:
-
Paciência: porque a transição para o Legionário Nacionalista demora o seu tempo e
requer muito esforço e não ocorrerá numa semana ou em poucos meses. É uma
tarefa que consumirá toda a vida se o objetivo é a Perfeição.
-
Calma: porque à medida que a repressão do Estado aumenta, serão os calmos e
organizados que sobreviverão, não os amadores assustadiços.
-
Autodisciplina: porque aqueles que são Senhores de si próprios são
senhores da sua situação. Possuem a força que não pode ser vista, mas é sentida
tanto por camaradas como por oponentes.
-
Senso de humor: porque embora a vida não seja um mar de rosas,
também não é um longo aborrecimento. É um pouco de ambos. Desenvolva a
capacidade de rir de si próprio e da sua situação (lembra do Espartano rindo
sob a ameaça da chuva de flechas que encobriria o sol – “então lutaremos à
sombra”), e te tornarás um lutador espectral que assombrará os nossos inimigos.
Isto é força real – proclama que nem a Morte tem
poder sobre si. É uma força que nos tornará inconquistáveis, pois o que nos
podem mais fazer os nossos inimigos para além disto?
Como alertei no início, não me importo com algumas
críticas às minhas palavras, então lembro que os antigos Celtas inscreveram
esta força num provérbio: “Luta pelo seu país e aceite a morte se necessária,
pois a morte é uma vitória e uma libertação para a alma”.
Pouco mais há a dizer agora que a derradeira
escolha o confronta: você irá se tornar um Guerreiro Revolucionário lutando
pela Liberdade Nacional, ou o covarde que se agacha para beijar as botas
nojentas de um Sistema em decomposição ?
Que o covarde
penda a sua cabeça em vergonha.
Que o
guerreiro saiba que a sua recompensa está para chegar!
Brasil !
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