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quarta-feira, 5 de agosto de 2015

O Legionário Nacionalista

UNAC

UNIÃO NACIONALISTA

 O Legionário Nacionalista

            Desde 5 de março de 2009 estamos trabalhando para a elevação de valores pátrios, transfigurados na doutrina do Nacionalismo. Uma página na rede mundial foi colocada para divulgação de material informativo, com o objetivo de esclarecer a população sobre o que está acontecendo em nosso país. Uma onda incessante de corrupção, tanto daqueles que estão no poder, como entre aqueles que se dizem oposição. Um aumento da violência doméstica, nunca antes percebida (será mesmo que ela já tinha esse nível?) ou divulgada. Assaltos, roubos, latrocínios ... a certeza de uma punição branda ou mesmo da impunidade, gerada pela fuga e pela incapacidade técnica e material de nossas polícias públicas, quando não diremos até, conivente, corrupta e desinteressada no servir à população.
            Assim, este trabalho foi escrito (melhor seria dizer compilado) com a intenção de funcionar como um apelo à ação. A ação heróica, ação vital. Não é nenhum manual que deva ser citado como se fosse uma escritura sagrada, mas sim uma declaração pessoal dos princípios subjacentes ao nosso credo e à nossa filosofia de vida.
            Não pretende ser original, pois é o resultado de vasta leitura e também não vou pedir desculpas pela forma exaltada de algumas partes. O meu país está sendo massacrado: não posso olhar para esta profanação sem sentir pena dele, e raiva dos seus carrascos. Por muito tempo nossos camaradas foram inibidos pelos “donos da verdade”, que petrificaram e tentaram a todo custo impedir que tivéssemos os meios que nos garantiriam uma vitória final.
            Finalmente, e em particular para os que me conhecem pessoalmente, quero dizer que não me apresento como um modelo do Legionário Nacionalista descrito aqui, consciente que sou de que as minhas fraquezas excedem em muito as minhas virtudes. Limito-me a tentar trilhar o caminho do Soldado de Deus e convido todos os verdadeiros patriotas a fazerem o mesmo.


Basile, J.C.
São Paulo, março de 2010

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Parte I – A necessidade de novos ares

Sentíamos a falta de uma literatura nova, que fosse escrita em uma linguagem atualizada ao contexto político e social de nossos dias e aos limites de nossa atuação, mas que transmitisse uma mensagem essencial ao interessado, o nosso Legionário Nacionalista: o que é preciso acima de tudo é uma mudança fundamental na atitude perante a luta, perante a vida, perante o destino; não pode haver, e não haverá, nenhuma mudança séria na direção tomada pelo Brasil, até que o Homem Novo, surja no horizonte, capaz de moldar e inspirar uma Nova Ordem Social neste país. Que esse Homem Novo se erga e construa essa Nova Ordem Social, não de acordo com os artigos de algum manifesto político abstrato e rococó, mas de acordo com os princípios objetivamente verdadeiros de um credo no qual ele acredita e que seja base de sua ação, e extraindo a sua vida da Lei Eterna de algo Superior. Sem esta crença central de que a nossa Causa é absoluta, imutável, intemporal, corremos o risco muito real da traição: traição pelos oportunistas de partido; traição pelos que se obstinam com a “imagem na mídia”; traição pelos fascinados pela ilusão e falsidade da democracia liberal.
O Legionário Nacionalista é a única alternativa a uma traição certa e, como anunciador de uma Nova Ordem Social, o seu aparecimento neste momento crucial da nossa História, não é, de maneira alguma, uma conclusão inevitável.
Muitos candidatos pensam que podem aderir publicamente aos nossos valores, e no entanto, continuar levando uma vida privada de degeneração; estão enganados!       Não estou me referindo à nossa tendência para pecar, mas antes de tudo à nossa recusa em admitir a existência do Pecado nas nossas vidas e a nossa tentativa de conquistá-lo através de uma luta penosa e permanente.
Sem esta consciência do pecado, e com a contradição que existe frequentemente entre as nossas crenças públicas e as nossas ações privadas, entramos no caminho da hipocrisia que leva necessariamente à estrada da Perfídia e da Traição.
O Legionário Nacionalista é, portanto, necessariamente um homem moral, pois só assim poderá permitir a profunda paz interior e a confiança que lhe permitam combater o mundo, os seus poderes e as suas dominações, sem medo da Morte.
Alguns dirão que o Legionário Nacionalista parece buscar se tornar um Santo Guerreiro. E assim é. Qual é o problema nisso? Ninguém duvida por um momento que esta exigência requer um tremendo esforço e dedicação, mas é um objetivo totalmente desejável, pois um Santo persegue fins que são Bons e Verdadeiros, e usa meios que são Puros e Veneráveis.
Aí vem a grande pergunta: que tipo de militante político não procura o Bom e o Verdadeiro, o Puro e o Venerável? Alguns comentam que “a política é suja por natureza” para que isto seja possível. Certa politiqueira conhecida dos nacionalistas afirmou que “para se limpar uma casa suja é preciso entrar nela”. É certo que no mundo moderno a vida política se tornou vil até mesmo horrível, só que se não apontarmos ao Bom e Verdadeiro, ao Puro e Venerável, acabaremos quase inevitavelmente por nos afundarmos no esgoto político que sufoca o nosso legado pátrio desde sua independência.
Quem pode ouvir, ou seguir fielmente, políticos que mentem, enganam ou viram casaca; políticos que enganam as suas mulheres, namoradas e camaradas; políticos cujos fins variam conforme sua ambição, oportunismo e ganância? O Legionário Nacionalista tem, portanto, de se destacar como um farol na escuridão infinita; pelo que diz; pelo que faz; pela forma como age.
Em nenhuma outra situação é a necessidade de clareza de Pensamento e Ação maior do que na forma como expressamos as nossas crenças.
O Nacionalismo desapareceu do cenário político brasileiro porque confundiu a Idéia com o Veículo. A Idéia é espiritual, algo divino, enquanto que o Veículo é obra humana, crescendo ou diminuindo na sua capacidade de expressar e realizar a Idéia. A Idéia permanece pura, mesmo quando o Veículo se tornou corrupto, apodrecido. A Verdade é sempre Verdade, mesmo num mundo de mentirosos. O Veículo existe apenas para servir a Idéia; quando deixa de fazê-lo, tem que ser abandonado pelo bem da Idéia. Só que abandonaram essa Idéia por mais de 70 anos, estagnando e reprimindo o Nacionalismo Revolucionário.
É o processo de desintegração e decadência de nossa sociedade que faz com que o novo Homem Novo, que à partir de agora vamos chamar de Legionário Nacionalista, seja mais necessário do que algum dia já tenha sido. A Verdade e os Valores Corretos não estão apenas desaparecendo de vista, mas começam a tornar-se incompreensíveis para um número cada vez maior de pessoas: é conseqüência inevitável de um mundo mergulhado no veneno do Liberalismo. Se o Legionário Nacionalista não se erguer e proclamar a Verdade, não apontar os valores Corretos, quem o fará? Que futuro estará reservado para as nossas famílias, para a nossa nação, para a nossa cultura tão enriquecida pelos povos que a formaram?
Olhando para todos os lados e sendo bombardeado com injustiça e exploração, o homem comum murmura: “O que eu posso fazer?”. A resposta é tão simples e assustadora ao mesmo tempo: LUTAR, LUTAR E LUTAR MAIS UMA VEZ!
Temos que acabar com a baixeza de nossos desejos e aspirações e com a covardia que caracteriza a nossa época. Temos que desfraldar os estandartes da Verdade, do Heroísmo e do Sacrifício. Temos que nos tornarmos os Guerreiros e Santos que outrora fizeram esta terra digna de amor e respeito.
Temos que viver a nossa vida para que outros possam viver, e viver grandiosamente. Lançar a Guerra Santa que limpa a alma, purifica a mente e expulsa para sempre os traidores e covardes do nosso seio!
Lutar com determinação inabalável, coragem, e um coração alegre até à Vitória Final!

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Parte II - A situação atual do País

Para onde quer que olhemos, vemos provas crescentes de desintegração e decadência social. As provas estão aí para todos verem; é um fato incontestável.
Falando de política, veremos que a pior espécie de indivíduo, o egoísta e fraco de espírito, lidera os partidos políticos e estruturas do Sistema, e ao fazê-lo, assegurou-se de transformar a corrupção e a traição num modo de vida. Políticos e líderes partidários, não se importando com o povo que dizem representar, enchem os bolsos vendendo a população à pobreza, à degradação e a interesses estrangeiros hostis. No nosso país, o presidente e seus asseclas, passeiam pelo mundo afora às nossas custas, recebendo a adulação de uma mídia enganadora, financiada pelo Grande Capital, enquanto o Brasil lentamente sangra até à morte.
Na economia, asseguram-nos constantemente que a recessão mundial se aproxima do fim, talvez nem tenha mesmo chegado (a marolinha que ficaria nas piadas por alguns meses), no entanto, para aqueles cuja memória vai além do último episódio do Big Brother Brasil, é um fato que os Petralhas nos têm impingido esta mentira barata desde que tomaram o governo. O desemprego continua a aumentar vertiginosamente de ano para ano e não há manipulação cínica dos números por parte dos Ministérios envolvidos que possa ocultar o fato de que as vidas de mais de 45 milhões de pessoas estão sendo destruídas pela humilhação das filas do seguro desemprego e do Bolsa Família, Bolsa-isso ou Bolsa-aquilo, tirando a dignidade do resultado do Trabalho.
Nada é mais digno, nada é mais belo nem mais glorioso do que o Trabalho; nada é mais nobre, mais significativo no plano do Universo do que o Trabalhador. E ainda, o Trabalho não é apenas uma necessidade, porque é uma condição da harmonia universal. É a energia, no plano humano, que conduz as Nacionalidades e suscita as Civilizações. Qualquer economista mais ortodoxo considera 10% de desemprego como o limiar a partir do qual o descontentamento e a privação podem causar desde perturbações públicas até levantamentos revolucionários; no momento em que escrevo, quase 10% do nosso povo encontra-se sem trabalho, levando-se em conta a pesquisa de janeiro/2009 do IBGE, que aponta somente nas seis principais regiões metropolitanas do país, uma taxa de desocupação de 8,5%, no auge das conseqüências da crise econômica de setembro/outubro de 2008. A crise econômica, incessantemente realçada pela mídia, fez os velhos decrépitos do FMI e do Banco Mundial correr de um lado para o outro do globo para iniciarem ainda mais conversações – e enquanto eles falam sem parar, a nossa moeda perde todo o valor e o poder aquisitivo da classe média é destruído. A mídia exige que também nós nos preocupemos com o destino do sistema bancário mundial; que nos preocupemos com um sistema que destruiu a vida de milhões em todo o mundo; que condenou todos os povos e culturas à pobreza extrema; que saqueou e pilhou os recursos e tesouros de nações inteiras.
Querem que lamentemos o fim de um sistema que possui o toque de Midas da Morte. O impacto deste declínio político e econômico no nosso povo tem sido catastrófico. O desemprego distorceu a vida familiar levando ao aumento dos divórcios, dos abortos, dos maus-tratos infantis, dos homicídios e dos suicídios. Num esforço para escapar a este pesadelo, muitos procuram “uma solução” na bebida, nas drogas e no jogo. Jovens desempregados, sem um lar estável e com auto-estima baixa procuram respostas em inúmeros grupos e cultos “anti-Sistema”, para alegria dos nossos políticos. Enquanto os skinheads espancam os punks ou os emos, ou ainda surgem na mídia as “propagandas” de grupos “supremacistas” brancos – ou nem tão brancos assim – envolvidos com o crime e a morte vil, os inescrupulosos de Brasília continuam a sua vida sem oposição – destruindo o nosso país.
Mas é espiritualmente que o nosso povo mais sofreu. Já não acreditando no sobrenatural ou no divino, tornaram-se presas da manipulação de vigaristas. Para que o Homem seja saudável verdadeiramente precisa de equilíbrio material e espiritual. Não basta ao Homem alimentar-se e ter um teto. Ele tem de ter uma razão para viver e isso ele deve perceber e compreender que a vida familiar é vital; que o nome de sua família deve ser perpetuado; que o Bem Comum do povo brasileiro tem que ser protegido; que devemos assegurar que a nossa Nação e a nossa rica Cultura sobrevivam e prosperem. Não existe mais este equilíbrio material e espiritual, que no início do século XX nossos antepassados ainda possuíam.
Hoje a palavra “instante” reina de forma suprema. Todos vivem para o momento. Como resultado, o nosso povo perdeu a alma, tornou-se infeliz, frustrado e até mesmo desumanizado em alguns aspectos. Ninguém quer ajudar os outros a menos que possa ganhar algo; ninguém quer se envolver; ninguém quer assumir responsabilidade. Mas todos querem seguir o caminho mais fácil, e se o mais fácil é sacrificar a nossa família, comunidade e vida nacional então isso é considerado aceitável.
Não queremos iludir ninguém. A luta para inverter esta situação será extremamente árdua e ingrata; árdua porque os inimigos da civilização não renunciarão ao seu controle sobre nós até que nós o forcemos a fazê-lo; ingrata porque ninguém quer que lhe digam que uma catástrofe se aproxima. Se quisermos sobreviver, temos que responder pronta e vigorosamente. Se não estiverem dispostos a fazê-lo, é melhor começar a rezar por uma morte rápida e misericordiosa, pois nada mais lhes poderá valer.


Parte III. Por que precisamos do Legionário Nacionalista?
“Tudo se rebela contra aquele que quer criar uma ordem nova. Todos os preconceitos se levantam. Tudo o que há de negativo no passado se mobiliza. Todos os comodismos dos satisfeitos se insurgem. Todos os medíocres conjuram para aniquilar aquele que vai interferir na marcha normal dos fatos”.
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Existem vários movimentos Nacionalistas e Patrióticos em atividade no Brasil, na linha da frente da batalha contra as forças que afundam o país num mar de lama, corrupção e traição. No entanto, todas elas cometeram erros fundamentais desde o seu surgimento. Discutia-se se deveríamos realizar uma marcha aqui ou ali, se deveríamos concorrer a esta ou àquela eleição e por qual partido; como podíamos melhorar a nossa “imagem”. Estas discussões eram tão úteis como discutir quem ficava com que espreguiçadeira da praia embaixo de um ciclone extra-tropical! É certo que nossos nomes se tornaram mais conhecidos, se bem que com outros métodos poderíamos ter conseguido o mesmo.
No entanto, todo o nosso tempo, dinheiro e energia, não serviram para melhorar a vida de um só lar.
A nossa falha é simples, mas crucial. Não é de políticas ou doutrinas ou atividades que precisamos – por mais importantes que estas coisas sejam – mas de um novo tipo de Homem, disposto a viver o modo de vida Nacionalista diariamente, que atuará como um farol e uma inspiração para todos os brasileiros que o rodeiam e se desesperam com a situação. Os partidos políticos estão desacreditados e nem mesmo oferecem políticas ou doutrinas ao nosso povo há gerações, e qual o seu efeito? Para o cidadão comum, porque é que a União Nacionalista seria diferente dos outros, se viessem a atuar como um partido? Se queremos ser bem sucedidos devemos ir direto ao centro da questão: o nosso povo precisa ter como exemplo alguém que pratica o que prega. A esse exemplo chamamos de Legionário Nacionalista.
Mas o que é exatamente o Legionário Nacionalista?
Se olharmos para os períodos mais elevados da história européia, podemos facilmente identificar o tipo de homem que encarna ou expressa o espírito de que a nossa nação tão desesperadamente precisa.
Na Grécia antiga foram os Espartanos, povo austero e altamente disciplinado, que ficou na história principalmente por causa do seu comportamento heróico na batalha das Termópilas, eternizado pelo cinema à partir de uma estória em quadrinhos. Neste local, 300 espartanos, liderados pelo seu Rei-Guerreiro Leônidas, enfrentaram 100 mil soldados persas comandados pelo Imperador Xerxes; ao invés de recuarem atemorizados perante tal diferença, os Espartanos lutaram e então morreram até o último homem num cadinho de fogo e sangue. Embora os Espartanos tenham perdido, é deles que a história recorda.
Na Europa medieval foram os Cruzados Cristãos, cuja devoção aos ideais do Ascetismo e da Cavalaria, personificaram a Europa, Oriental e Ocidental, de tal modo que ainda hoje a expressão “conduta cavalheiresca” é considerada um grande elogio. Estes cavaleiros, uma comunidade supranacional unida pela cultura, foram descritos pelo Papa Urbano II como “sempre prontos a acorrer aonde quer que a guerra irrompa, levando-lhe a fúria dos seus braços em ordem a defender a Honra e a Justiça”.
No nosso século, os mais extraordinários legionários são talvez a Guarda de Ferro romena, o Movimento Legionário, fundado e moldado pelo gênio de Corneliu Codreanu. O espírito que este movimento gerou era tão forte, tão penetrante, que nos seus curtos 15 anos de existência contagiou um povo inteiro pelo seu poder espiritual e inspirativo.
Devemos aprender que o poder do Idealismo não tem limites.
Quando olhamos para estes poucos exemplos que citei, algo se torna imediatamente óbvio para a maioria dos leitores – a saber, que todos eles são guerreiros, homens militares. No entanto, seria totalmente errado pensar que este aspecto, o militar, é o aspecto mais importante, ou mesmo um dos aspectos mais importantes. O denominador comum, que nos permite colocar todos estes homens na mesma categoria, é o fato de se inspirarem num ideal espiritual e religioso que domina totalmente as suas vidas. Nada se colocava entre eles e o Ideal. Estavam dispostos a sacrificar tudo e mais alguma coisa pela vitória do seu Ideal
Eles eram excelentes guerreiros porque uma chama ardia no seu interior, uma chama que só poderia ser extinta quando eles dessem o seu último suspiro. Era uma chama que os inimigos frequentemente não possuíam nem compreendiam, mas que temiam e respeitavam. É esta chama, este espírito flamejante, que temos de reavivar se queremos que o nosso país tenha um futuro digno. Se esta tarefa se mostrar além das nossas capacidades então toda a nossa riqueza material e cultural se mostrarão completamente inúteis, pois a coisa mais importante na vida é a Vontade de viver. Se esta Vontade está ausente do nosso povo, então nenhuma política ou doutrina poderá nos salvar.
A tarefa do Legionário Nacionalista é promover a Vontade de viver, através da revelação da verdadeira natureza da vida, opondo-se ao pesadelo materialista deste século, e vivendo essa vida. Para que possa fazer isso, o Legionário Nacionalista tem de se submeter a uma Revolução Espiritual, uma revolução interior que guia, dirige e impregna a sua vida, contra a tirania da matéria.
E aí lembramos de que “a Revolução Interior supõe o domínio de si mesmo pela renúncia às paixões, pelo esforço reflexivo que procura descobrir no homem decaído a verdadeira grandeza humana”, ou seja, descobrir o Homem no homem. “Dominar o comodismo, a preguiça, o ceticismo, a desilusão, o cansaço, a impetuosidade, o egoísmo, o apego às glórias falazes, convencido de que ninguém tem o direito de pretender orientar uma Pátria, quando não é capaz de governar-se a si próprio”.
Quando esta tarefa estiver concluída o Legionário Nacionalista passará a avaliar todas as suas ações de acordo com a contribuição que elas dão para o avanço da Causa. Ele não perguntará “O que é que eu tenho a ganhar aderindo ao Nacionalismo?”, mas sim “Em que posso ajudar para que o Nacionalismo cresça?”.
Para este tipo de Homem certas palavras serão a chave para o próprio significado da Vida: Honra, Justiça, Amor-próprio, Honestidade, Fé, Humildade, Compaixão, Amor.
Ele não permitirá que a sua honra ou a da sua nação sejam atacadas ou subvertidas pelos indignos; ele não assistirá passivamente à exploração do seu povo, mas se tornará um foco na luta pela justiça. Ele não perderá o seu amor-próprio e valor tornando-se dependente de drogas ou bebidas, pois ele sabe que se possuir a Força Interior que sustenta a vida, será invencível. Ele será honesto em todos os seus negócios, grandes ou pequenos, porque o Militante Nacionalista lidera pelo exemplo. Ele terá uma fé total e inquestionável na justeza da sua Causa; ele se esforçará até o limite das suas capacidades por melhorar o bem-estar do seu Povo e Nação, mas o fará sem pensar nos elogios ou na publicidade. Ele permanecerá humilde, inspirado por um modo de vida superior, sabendo que as suas ações são uma questão de dever. A sua compaixão será tal que protegerá os fracos e necessitados da nossa nação com a sua força imponente. O seu amor será puro e revigorante, reavivando e inspirando tudo e todos em que toca.
O Legionário Nacionalista é o homem que se escora num Ideal Eterno e que agirá decididamente em toda e qualquer situação na defesa do que é Certo, Bom e Verdadeiro. Nunca na história deste país a necessidade de batalhões de Legionários Nacionalistas foi tão urgente, tão vital.
As fileiras dos nossos inimigos são imensas: os bancos, os comunistas, os liberais, os sionistas, os capitalistas. Eles têm dinheiro e poder; eles dominam a mídia, eles controlam exércitos através do seu controle sobre os governos; eles injetam idéias corrosivas no sangue da nação que nos debilitam, tornam-nos apáticos, tornam-nos “paus-mandados”.
E o que temos nós para combater isto? Uns poucos milhares de patriotas espalhados pelo país. Não temos dinheiro, não temos poder, não temos influência, não temos imprensa. Nós somos os Espartanos, os Poucos. Eles são os Persas, os Muitos. Se nossos espíritos não estiverem impregnados pela Revolução Interior, esta horrível realidade veremos os nossos camaradas abandonarem o campo de batalha em hordas, lamentando a “inevitabilidade” dos acontecimentos.
“Sou sozinho”, ou “somos poucos” eles o fazem pensar. “Não podemos ganhar” ou quando a adversidade e o terror de Estado batem às nossas portas, “As coisas já foram longe demais”, dizem. Certo nacionalista galês do século XIX, estava correto quando afirmou que: “O Inevitável não é torre de vigia do Sábio, mas apenas o santuário do Tímido”.
O Legionário Nacionalista olhará para esta triste realidade com outros olhos porque ele é um Idealista e um Realista. O Ideal é o objetivo da nossa luta, o Realismo é a qualidade que dita a melhor forma de alcançar este objetivo.
Estamos em desvantagem em todos os aspectos exceto um. Esta exceção é a nossa Fé, o nosso Ideal, que nos é mais querido que a própria vida, e que não pode ser intimidado, nem subordinado, nem extirpado.
O Legionário Nacionalista será um modelo pelas suas atitudes e ações, será um exemplo para os nossos compatriotas a quem a coragem falhou temporariamente. O Legionário Nacionalista, suscitará, onde quer que vá,  entusiasmo, camaradagem e dedicação pela sua simples presença. Ele será uma Luz repelindo as fronteiras da Escuridão.
E se os covardes, os pregadores da “Arte do Possível”, te atacarem com acusações de “fanatismo”, lembre-se das palavras de John Jenkins: “Direi três coisas sobre o fanatismo. Primeira: se é verdade que o fanático tem a força de dez homens, assim é porque os outros nove não podem ser incomodados. Segunda: nem sempre é verdade que o fanático não considera o custo da ação; tornei-me fanático porque não estava disposto a aceitar o resultado da inação. Finalmente: a sobrevivência de meu país e a prosperidade da sua cultura e herança, requerem uma devoção feroz e inabalável à Pátria acima de tudo o resto. «Acima de tudo o resto» inclui família, perspectivas de futuro, carreira, saúde, liberdade e a própria vida. Acredito, na realidade tenho a certeza, que meu país pode inspirar este tipo de fanatismo, e que este fanatismo é o catalisador essencial para mover a maioria do povo”.
O que Jenkins diz de Gales não é menos verdade para as outras nações do mundo.



Parte IV - O caminho até o Legionário Nacionalista
“Devereis diligentemente tomar como vosso objetivo, que em todo lugar e toda ação, ou empreendimento externo, sejais interiormente livre e senhor de vós mesmos e que todas as coisas estejam sob vós e nunca vós sob elas” (Imitação de Cristo)
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Nós nascemos com um dever a cumprir; não sob coação, mas livremente. Esse dever consiste em pormos mira de eternidade em tudo o que fizermos visando efemeridades, o que se resume em fazer a vontade de Deus.
Essa vontade é a de que nos salvemos do mal a que somos induzidos, procedendo de forma que tudo advenha e se realize por nosso livre arbítrio. No somos nem empurrados nem arrastados ao Fim Supremo, porque compete a nós caminharmos por nossos próprios pés e livremente.
O Grande Dever apresenta-se na vida prática, nas mil circunstâncias cotidianas, em forma de pequenos deveres. São esses deverezinhos da vida e das funções de cada um. Esses minúsculos deveres que, desdenhados uma primeira vez, na segunda serão instransponíveis para nós e tão crescidos aos nossos olhos, que mais fácil será nos precipitarmos no vácuo do que nos impulsionarmos por vencê-los.
“Quem não é fiel no mínimo,...”, “quem põe a mão no arado e volve os olhos para trás nada consegue”. Cumprir, pois, os pequenos deveres é o único meio de cumprir o Grande Dever.
Para cumprir os pequenos deveres é preciso transformar os pensamentos em ação. Os que muito falam, pouco fazem, mas o que muito pensam, fazem menos ainda. Existe uma diferença enorme entre pensar e fazer. Do pensar, vai-se ao concluir, do concluir ao falar, do falar ao executar. Muito pensam sem concluir, outros concluem e apenas falam, mas não fazem, outros ainda que, tendo concluído, falam fazendo ou fazem até mesmo sem falar.
Evidenciemos um sintoma de fatal doença que vai destruindo-nos como povo. É o Espírito farisaico dominante naqueles que pretendem ser ou inculcar-se como modelo de virtudes. São os sepulcros caiados de que fala o divino Mestre: aparentam uma alvura imaculada, mas guardam no fundo a putrefação de uma alma roída pelos vermes da crueldade. Sua virtude está apenas da boca para fora. Implacáveis na crítica aos defeitos ou erros alheios, cometem outros mais graves, principalmente o do orgulho.
Esses, a todo instante invocam deveres que não cumprem, falam de idéias que não cultuam, exigem castigos exemplares sempre que redundem em beneficio dos acusadores, mas fecham os olhos aos vícios mais revoltantes, quando os viciosos lhes dão benefícios.
É preciso desconfiar de todo aquele que exagera o culto verbal de certas virtudes. Sentindo-se, no íntimo, condenáveis, ou sentindo a secreta repulsa pelo mal que neles reside, mas sem forças para dele se libertarem, fustigam o mal que está ou julgam estar nos outros. É uma válvula por onde escapam os vapores ferventes da sua própria consciência em ebulição. Pois, na verdade, participam de todos os males que dizem condenar.
Urge como remédio aos males do nosso século, pensar bem, mas realizar o Bem. Enunciar a proposição do Dever em cada ato da nossa vida, mas uma vez composta em nossas mentes, traduzi-la em atos objetivos, pois no meio das desgraças do mundo moderno, estou convencido de que um bom exemplo vale mais do que o mais belo dos discursos.
Isso nos faz lembrar que devemos também cuidar de como agimos. Daí lembramos que Marcel de Corte fez a seguinte observação em 1965, em Lausanne, Suíça: “Ouço dizer frequentemente que os meios, só por si, não são bons nem maus. Confesso que esta asserção me deixa confuso, pois interrogo-me onde podemos encontrar meios que sejam puramente meios, (...). Não podemos considerar um meio apenas como tal, exceto na mente. Um meio é sempre avaliado em relação com os fins”.
“Os fins justificam os meios” é uma asserção freqüente da era moderna, e é uma asserção que muitos nacionalistas subscrevem sem pensar. Tal como a declaração de Marcel de Corte deixa claro, Meios e Fins constituem uma unidade, ligados organicamente e mutuamente dependentes na política prática. Os fins perseguidos pelo Patriota estão em completo desacordo com os do Sistema e, portanto, os meios serão naturalmente diferentes. Os métodos utilizados pelos comunistas ou pelos lacaios do Grande Capital para instalar os seus regimes de terror não podem ser legitimamente utilizados pelos Nacionalistas sem que isso prejudique imensamente tanto o militante como a sua Causa.
Tomemos como exemplo a tática do terrorismo (que devemos distinguir da mera violência política ou assassinato), que é absolutamente estranha à tradição Nacionalista, pois o seu objetivo, teórico e prático, é inspirar o medo na população em geral através do assassínio indiscriminado de gente comum por bala e bomba. Rejeitamos este método pela boa razão de que procuramos o apoio do povo tendo em vista a melhoria da sua situação e é pouco provável que o consigamos exterminando-o! Se proclamamos amor pelo nosso Povo e Cultura, então que papel podem desempenhar na política Nacionalista estes métodos que geram medo e ódio? Se proclamamos que carregamos a Verdade Absoluta nos nossos corações, então como poderemos mentir e enganar nas nossas ações sem distorcer a Verdade que nos propomos defender e fazer progredir? Que ninguém diga que as coisas serão diferentes depois da “Revolução Nacional”, pois o homem que não consegue manter os seus princípios quando não tem poder e nada a perder, dificilmente será capaz de os manter quando obtiver o poder e tudo tiver a perder. A prática, como se costuma dizer, faz a perfeição, e é algo que devemos ter em mente todos os dias das nossas vidas nacionalistas. Os caminhos tomados pelos nossos oponentes conduziram-nos aos Estados Escravos da URSS e dos EUA – nós tomamos um caminho diferente porque pretendemos o Estado Nacional Revolucionário.
Venceslau Júnior trata a palavra “revolução” como uma das mais desconceituadas no Brasil. Revolução para o povo brasileiro significa assalto ao Poder Público; significa, apenas, substituição de políticos mal intencionados, no Governo da Nação; revolução, para a grande massa sofredora do país, significa exploração da boa fé do povo, significa luta entre políticos profissionais, em benefício do grupo que ganhar e sem prejuízo para o grupo que perder; significa sacrifício da mocidade e dos homens de bem, em proveito de espertalhões e desonestos; significa substituição de um Governo mau, por um Governo péssimo; revolução no Brasil, significa bandalheira, tapeação, negociata, imoralidade, rebaixamento do nível moral e cultural da Nação; significa heroísmo inútil e significa uma formidável gargalhada, porque ninguém a levará mais a sério.
E continua dizendo que a verdadeira Revolução é aquela que quer dizer Revolução Interior de cada pessoa, transformação do modo de pensar de cada um, firmeza de atitudes, zelo pelas questões públicas, amor à Pátria e à Família, fé em Deus.
Isto não significa que não sejamos discretos nas nossas ações ou que não possamos recorrer a uma certa agilidade mental, muito pelo contrário. Os nossos princípios ditam que nos empenhemos com cada fibra do nosso ser – física, mental, espiritualmente – até ao limite das nossas capacidades no prosseguimento da Causa, ao mesmo tempo que mantemos a nossa pureza de Espírito. É demasiado fácil abandonar os nossos princípios e valores alegando a pressão das circunstâncias. É preciso força de caráter, ânimo e resiliência para resistir às idéias corrosivas dos nossos inimigos, que nos convidam a tomar o caminho mais fácil. Basta que cedamos uma vez para que entremos no caminho traiçoeiro que leva à traição.
E falando em traição, não se pense que os atos de traição são mais fáceis de cometer do que as provas inequívocas de fidelidade. É difícil ser traidor; quando a traição é consciente, o seu autor sofre porque sabe que vai prejudicar ao renegar o juramento, o compromisso livremente assumido. Esta traição não é leviana, de amiguismo primário. Esta traição a que nos referimos é realmente difícil de praticar. Só um homem com capacidade para atos valorosos é capaz de cometer este tipo de traição. É aquele homem que sabe que a partir daí a sua vida jamais será igual, como alguém a quem lhe amputaram os membros e lhe arrancaram a língua ou lhe queimaram os olhos. E esse homem, no entanto, teve a coragem de trair, fazendo por ventura a opção mais difícil da sua vida: traiu e conscientemente está preparado para a eterna penitência. Respeitemos, portanto, este tipo de traidor.
Poderíamos falar do outro tipo de traidor: o vulgar, o covarde, o habitual, o estúpido, o que não causa admiração na prática do ato, mas a elevação espiritual a que nos propomos leva-nos a rejeitar tal abordagem.
O nosso caminho não é fácil. É árduo, é ascético, é uma paisagem de sangue, suor e lágrimas. O dia em que deixar de o ser, será o dia em que o Nacionalismo Revolucionário se vendeu.
A compreensão da relação entre Meios e Fins não é um mero exercício acadêmico, mas uma qualificação essencial que determina não só o recrutamento de Legionários Nacionalistas, mas também como serão moldados em Guerreiros Nacional Revolucionários. É a condição para perceber porque é que certos métodos nunca nos serão aceitáveis.
Examinemos o recrutamento. No passado a elite guerreira era um fato da vida, e tão natural como os dias de sol e os pastos verdes, mas hoje é, na melhor das hipóteses, uma memória romântica. A desagradável conclusão que temos de encarar é esta: serão pessoas como você – o leitor deste folheto – que terão de liderar o caminho, que terão de se tornar nos Legionários Nacionalistas, nos Homens Novos, que nos levarão à vitória. Alguns irão rir-se desta idéia. Alguns recuarão com receio desta idéia. Alguns confessarão que não têm a capacidade necessária. Infelizmente Deus ou o Destino – chamem-lhe o que quiserem – decretou que você e eu temos de empreender esta tarefa assustadora.
Nossos antepassados nos anos de 1930 enfrentaram situações similares (eu diria até muito piores) e devemos extrair força dos seus espíritos, que nos impelem a continuar. É sobre a fundação do seu espírito que devemos erguer o estandarte do Patriotismo e desafiar aqueles que forem suficientemente estúpidos para provocar a fúria desta nação.
E se vocês se recusarem a ser tais guerreiros, a quem pode a nação recorrer? Àqueles que enfiam a cabeça numa caneca de cerveja ou num saco de cola? Àqueles que procuram a “realidade” em vídeos de ficção científica ou na heroína? Àqueles que falam muito e alto, que ameaçam um Crepúsculo dos Deuses ou promulgam uma “Neuland” (Nova Terra), na estúpida tentativa de praticar em nossas terras um sistema político condenado pelo resto do mundo? À todos esses que, no entanto, se queixam de alguns reais de anuidade ou mensalidade ou ainda de um par de horas numa reunião semanal? Ao idiota que pensa que cabelo raspado, cerveja barata e briga de rua são o significado do nacionalismo? Ao patriota plástico, o zangão burguês, sempre tão devoto à “defesa da floresta amazônica”, mas não tão devoto que não sacrificasse o seu “patriotismo” se ele ameaçasse a sua “respeitabilidade” perante os seus vizinhos e amigos?
Nenhum de nós quer este combate, mas o dever chama. Os que o recusam são simplesmente covardes.
O Legionário Nacionalista é capaz de respeitar o seu inimigo, mas apenas pode desprezar o Traidor e Desertor. E quando a herança dos seus filhos lhes tiver sido roubada e entregue aos inimigos, você será capaz de os olhar nos olhos e dizer que fez tudo o que podia?
Partindo do princípio que você tem a coragem e determinação necessárias, como se tornar um Nacional Revolucionário?
Não há dois Legionários Nacionalistas completamente iguais, embora naturalmente tenham muito em comum. As diferenças existentes ficarão a dever às nossas forças e fraquezas enquanto indivíduos. Estas diferenças não devem ser encaradas como um problema, na realidade podem ser uma vantagem, pois um exército eficaz é constituído por diferentes tipos de homem. Ter só Caciques e nenhum Índio é tão inútil quanto ter só Índios e nenhum Cacique. Alguns de vocês emergirão como líderes, outros como guerreiros, mas todos serão vitais à nossa Missão Nacional.
O caminho do desenvolvimento, o programa de formação, que culmina no nascimento do Legionário Nacionalista é uma Cruz sobre as nossas costas. Só carregando este fardo, através da luta, poderemos lentamente – e quando digo lentamente é mesmo lentamente – adquirir as qualidades necessárias. Alguns procuram a excelência física como o seu maior objetivo na vida – eles confirmarão que esta excelência é algo que não é dado gratuitamente com cada litro de gasolina, mas algo que requer trabalho duro e muito sofrimento. Do mesmo modo, tornar-se um Legionário Nacionalista é matéria para ativistas, não para ditadores de caldeirão ou Homens de Destino auto-proclamados.
Dito isto, o caminho do desenvolvimento é simples e lógico na sua estrutura.

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Parte V - A formação do Legionário Nacionalista
 “Antes de transpores esta porta, consulta teu coração: És capaz de renunciar aos prazeres, ambições, interesses e à própria vida pela grandeza da Pátria?”
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A espinha dorsal de qualquer Legião é, como em qualquer exército, a autoridade e a disciplina. Perder estes pilares essenciais é deixar de ser milícia e a milícia tem por lema eterno: a minha honra é a minha fidelidade! Só aceitando estas palavras como fazendo parte da sua alma é que o Legionário Nacionalista adquire um caráter autêntico que é espelhado em qualquer ato praticado por ele.
O Legionário Nacionalista apresenta-se assim quase como monge, ascético, impessoal, pronto a cumprir com o seu dever e ser escravo da palavra dada, sacrificando os seus interesses pessoais em prol da comunidade, da Pátria.
Na sua formação como Legionário Nacionalista, de início proponha-se a atingir apenas pequenas coisas, objetivos que quando alcançados lhe darão a confiança e conhecimento para tentar alvos mais ambiciosos. O mais importante nesta fase é ser honesto consigo mesmo porque se não o conseguir, então nunca será honesto com os seus camaradas. Sente-se sozinho, e após um período de reflexão séria, escreve uma lista com as suas qualidades e defeitos, nunca esquecendo que deve evitar os extremos da crítica excessiva ou da vaidade.
Feito isto, escolhe uma qualidade que possa ser desenvolvida e melhorada, e uma fraqueza que seria melhor eliminar. No papel isto soa incrivelmente fácil, mas na realidade é uma batalha de proporções titânicas. Haverá momentos em que pensará que tudo corre bem, e de repente você cai, retornando a velhos hábitos. Mas não é motivo para desistir nem desencorajar-se pelo pequeno fracasso, porque é a persistência que desenvolve a sua autodisciplina e a vontade de vencer contra todas as probabilidades. É um processo que fará espiritualmente, aquilo que o fisioculturista Charles Atlas dizia, que “os seus pesos te farão fisicamente”!
Só é possível compreender a felicidade depois de compreender a tristeza, só se pode apreciar o sucesso depois de experimentar o sabor amargo do fracasso. Se não conseguir superar as pequenas coisas, você será inútil numa crise. Quando as coisas se tornarem mesmo duras nos anos vindouros, quando a repressão for violenta, sistemática, total, você vai querer saber que pode contar com os seus camaradas de luta, e eles desejarão saber se podem contar com você. A paz de espírito que esta confiança nos outros produz não pode ser superestimada.
Deixem-me dar algumas idéias práticas de por onde começar, mas lembre-se de que são apenas exemplos genéricos para colocá-lo a pensar no sentido correto.
Você assiste televisão noite após noite? Se sim, diminui o tempo que o faz porque está se expondo desnecessariamente à propaganda dos nossos inimigos, que seja um documentário ou uma telenovela. Use o seu tempo de forma construtiva e de uma maneira que ajude a Luta Nacional. Leia um livro político ou uma revista. Dê um passeio pelo campo ou no parque e desfruta as dádivas da natureza. Faça um esforço extra de distribuição de panfletos ou venda de jornais. Organize um grupo de discussão em sua casa para um par de amigos, ou envolva-se em grupos comunitários locais como as associações de moradores, grupos ambientalistas, entre outros, e luta por uma justiça local.
Você bebe 4, 5, 6 ou mais cervejas quando sai à noite? Reduza para 2 ou 3; não só terá mais dinheiro para a Causa, como a sua saúde melhorará bastante. Além disso, os Cruzados não eram conhecidos pelas suas barrigas de cerveja!
Fuma muito? Se sim, reduza ou deixe mesmo de fumar. Isso só serve para financiar o Grande Capital e prejudicar a sua saúde. Haverá momentos em que precisará se mover rapidamente, e aqueles que insistem em tomar a aparência de um dinossauro ofegante terão então de pagar o preço!
Considera uma ida ao futebol ou a uma festa mais importante do que realizar uma tarefa da União Nacionalista? Se sim, aprenda a estabelecer as suas prioridades! É claro que todos precisamos de uma pausa, mas lembre-se que se a União Nacionalista falhar por causa da falta de entusiasmo dos seus membros, isso marcará não só o ocaso da Nação, mas também das distrações que você considerava tão importantes.
Se você não tem o hábito da leitura, tenta ganhá-lo e procura atingir sempre níveis superiores.
Um dos motivos determinantes da ausência de idéias e de programas políticos entre nós é, incontestavelmente, a falta de cultura. O nosso mal não é o analfabetismo, como costumam afirmar os homens da oposição sistemática a todos os governos, estampando quadros estatísticos em que nos comparam aos países ricos e possuidores de meios fáceis de comunicação. O analfabetismo seria até um elemento positivo, porque representaria a massa bruta, facilmente dirigida pelas elites cultas.
O nosso grande mal é o semi-analfabetismo (ou analfabetismo funcional, que assola 75% de nossa população ou mais), essas massas de homens incapazes de raciocinar, avessos à leitura, repisadores de duas ou três idéias que se lhes meteram na cabeça, opinadores superficiais em todas as oportunidades, vaidosos e ocos, de gravata e colarinho, enxameando as cidades, parasitariamente.
O analfabeto trabalha e produz; nada lê, e por isso mesmo traz virginalmente consigo a capacidade de instituição para a vida prática, capacidade essa que o semi-analfabeto perde completamente com as poucas luzes que, em vez de o iluminarem, o perturbam.
O semi-analfabeto é o cidadão que sabe ler e escrever e que, por isso, se julga superior ao pobre caboclo que lavra a terra e ao operário que produz nas fábricas. É o tipo do eterno candidato aos empregos públicos, com uma tendência burocrática irresistível, uma predileção enorme pela vida sedentária. São indivíduos incapazes de ligar duas idéias e, em política, constituem o sustentáculo desse regime partidário de prestígios pessoais, de cambalachos inspirados pelo interesse das colocações.
As nossas escolas, tanto primárias, como secundárias e até superiores, tem sido a máquina em permanente funcionamento na fabricação de semi-analfabetos, de homens que odeiam os livros, que detestam as conversações sobre temas de ordem geral, que só visam aos seus mesquinhos interesses.
Conhecimento é Poder e quanto mais você souber maior ameaça representará para o Sistema. Participe das reuniões das associações nacionalistas e patrióticas, onde te ensinarão a produzir panfletos locais que o ajudarão a promover as idéias nacionalistas na sua comunidade; onde o ensinarão a imprimir cartazes e camisetas; onde os nossos conferencistas explicarão os nossos ideais revolucionários em termos simples, o que melhorará a sua capacidade de converter pessoas pela persuasão.
A União Nacionalista pode ensinar estas coisas, e muitas outras, mas ainda sobra um amplo espaço para a iniciativa pessoal: aprenda novas línguas, especialmente o inglês e o espanhol; aprenda a dirigir, a usar o computador, a falar em público. Frequente cursos noturnos e aprenda eletrônica, mecânica, química ou jornalismo, ou arranje um passatempo físico, como levantamento de pesos ou artes marciais.
Existem mil e uma coisas que você pode fazer para melhorar, coisas que lhe darão satisfação e ajudarão a Causa a atingir a Vitória. O que quer que seja que decida fazer, decida a levá-la até o fim. Ficar sentado sem fazer nada é precisamente o que os crápulas do Congresso querem que você faça, pois assim está facilitando bastante o trabalho deles.
Aqueles que estão dispostos a fazer os sacrifícios necessários para se tornarem Legionários Nacionalistas terão de desenvolver certas virtudes:
- Paciência: porque a transição para o Legionário Nacionalista demora o seu tempo e requer muito esforço e não ocorrerá numa semana ou em poucos meses. É uma tarefa que consumirá toda a vida se o objetivo é a Perfeição.
- Calma: porque à medida que a repressão do Estado aumenta, serão os calmos e organizados que sobreviverão, não os amadores assustadiços.
- Autodisciplina: porque aqueles que são Senhores de si próprios são senhores da sua situação. Possuem a força que não pode ser vista, mas é sentida tanto por camaradas como por oponentes.
- Senso de humor: porque embora a vida não seja um mar de rosas, também não é um longo aborrecimento. É um pouco de ambos. Desenvolva a capacidade de rir de si próprio e da sua situação (lembra do Espartano rindo sob a ameaça da chuva de flechas que encobriria o sol – “então lutaremos à sombra”), e te tornarás um lutador espectral que assombrará os nossos inimigos.
Isto é força real – proclama que nem a Morte tem poder sobre si. É uma força que nos tornará inconquistáveis, pois o que nos podem mais fazer os nossos inimigos para além disto?

Como alertei no início, não me importo com algumas críticas às minhas palavras, então lembro que os antigos Celtas inscreveram esta força num provérbio: “Luta pelo seu país e aceite a morte se necessária, pois a morte é uma vitória e uma libertação para a alma”.
Pouco mais há a dizer agora que a derradeira escolha o confronta: você irá se tornar um Guerreiro Revolucionário lutando pela Liberdade Nacional, ou o covarde que se agacha para beijar as botas nojentas de um Sistema em decomposição ?

Que o covarde penda a sua cabeça em vergonha.
Que o guerreiro saiba que a sua recompensa está para chegar!

Brasil !

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